
Cidade da Praia, 09 Out (Inforpress) – A Empresa de Electricidade de Cabo Verde (EPEC) anunciou hoje que, com a entrada em funcionamento do quarto motor na Central do Palmarejo, em Santiago, atingiu o "limiar técnico de não-corte", garantindo o fornecimento contínuo de energia.
Em conferência de imprensa, o presidente do conselho de administração (PCA), Luís Teixeira, explicou que este reforço significa que a EPEC volta a dispor de capacidade suficiente para assegurar o fornecimento contínuo de energia à ilha, sem necessidade de cortes programados.
“Entretanto, precisamos consolidar este momento do chamado limiar de não-corte. Podemos vir a ter pequenas perturbações, mas queria deixar isto claro. Neste momento, já temos quatro motores em funcionamento que nos garantem o chamado limiar de não-corte”, garantiu o PCA.
Segundo a mesma fonte, esta medida resulta de um trabalho intenso das equipas técnicas, consultores e do fabricante dos equipamentos, com o apoio do Governo e da empresa distribuidora EDEC.
Luís Teixeira reconheceu o impacto negativo dos cortes rotativos impostos desde Setembro, causados por falhas técnicas e mecânicas em cinco dos seis grupos geradores da Central.
O responsável lamentou, em particular, um incidente recente, uma fuga de combustível provocada por parafusos desapertados, que motivou uma investigação técnica independente com peritos externos, o fabricante e a Polícia Judiciária.
A EPEC indicou que a distribuidora EDEC já anunciou medidas de mitigação, como a aplicação de descontos nas faturas e a resposta rápida a reclamações por danos em equipamentos eléctricos.
Para as próximas semanas, Luís Teixeira garantiu que a situação será consolidada com a entrada de novos grupos, nomeadamente, o grupo 3, avariado a 01 de Setembro, e que encontra-se em processo de reparação.
“Portanto, estamos a aguardar a chegada das ferramentas, que hoje ou amanhã teremos matérias para a recuperação do grupo 3. Estamos a falar de um trabalho muito especializado”, disse.
O PCA reconheceu e lamentou o incómodo e os prejuízos que esta situação causou a famílias, empresas, estudantes e à economia de Santiago, pedindo compreensão à população que tem enfrentado este período “muito difícil”.
JBR/CP
Inforpress/Fim
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