Negócio das tranças africanas ganha espaço entre jovens na cidade da Praia (c/vídeo)

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Negócio das tranças africanas ganha espaço entre jovens na cidade da Praia (c/vídeo)
29/03/24 - 12:39 am

Cidade da Praia, 29 Mar (Inforpress) - As tranças africanas são uma tendência cada vez mais seguida por mulheres e meninas no país estando muitos jovens olhando para isso como uma oportunidade de negócio, oferecendo serviços de penteados ao domicílio, nos mercados e ao ar livre.

É o caso de Chanda Barreto, que deixou de vender peixe para trabalhar como trancista na zona de Ponta Belém, na cidade da Praia, uma oportunidade para gerir a própria renda visto que esse tipo de penteado vem sendo uma opção para muitas mulheres e meninas.

Chanda Barreto, que trabalha como trancista há oito anos, contou à Inforpress que, antes, vendia peixe, mas que decidiu largar a vida de peixeira para apostar em penteados.

“O peixe começou a escassear. Ia para o cais e não encontrava, e passou a ser vendido muito caro. Então, decidi fazer penteados. Comecei na época do arranque das aulas, quando fiquei sem dinheiro para comprar materiais escolares para os meus dois filhos irem à escola”, explicou.

É numa rua a céu aberto, em Ponta Belém, na Praia, que esta jovem solteira praiense e mãe de cinco filhos, ganha a vida fazendo penteados, de segunda a sábado.

Segundo relatou, começou a pentear em casa, mas, a convite de uma prima, decidiu mudar para o centro da cidade, onde chega a atender seis pessoas por dia.

Além de tranças africanas, disse à Inforpress que faz outros tipos de penteados, nomeadamente, para crianças. Sobre o preço das tranças, proferiu que varia entre dois a dois mil e quinhentos escudos.

A falta de condições de trabalho no local e escassez de equipamentos são os grandes desafios que esta trancista enfrenta no dia-a-dia. Uma situação que a levou, várias vezes, a perder clientes.

“É difícil, mas é aqui que está o meu ganha pão. Por isso, tenho que vir”, desabafou, apesar de pensar um dia ter um espaço com melhores condições.

Apesar da falta de condições onde labora, Chanda compara o seu local de trabalho a um salão ao ar livre.

 

AS/ZS

Inforpress/Fim

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