Cidade da Praia, 29 Fev (Inforpress) – A comissária da União Africana disse hoje em Nairobi (Quénia), que a adopção de uma abordagem da economia circular em África vai ajudar a resolver as crises ambientais viradas na transformação das cadeias de valor inteiras.
É que na visão de Josefa Correia Sacko esta estratégia contribuirá para o apoio do crescimento e desenvolvimento económico inclusivo e sustentável do continente.
A diplomata angolana, que falava à margem da sexta Assembleia do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), nas comemorações do dia do Ambiente em África, que se assinala no próximo domingo (03 de Março), sublinhou que a data tem por objectivo sensibilizar para os desafios ambientais que o continente enfrenta, nomeadamente, a poluição atmosférica, a perda de biodiversidade e as alterações climáticas.
“Fizemos progressos constantes em África na implementação da Agenda 2063. No entanto, temos de reconhecer que as nossas práticas actuais de consumo e produção representam, em muitos casos, um claro desafio para a agenda da sustentabilidade”, desabafou.
Reconheceu que a luta contra a tripla crise planetária exige um compromisso e uma acção sustentada de todas as partes interessadas, incluindo os governos, as empresas, a sociedade civil e singulares para promover uma mudança transformadora.
A Comissão da UA, assegurou, está a fazer progressos na formulação e implementação de políticas continentais para enfrentar as três crises planetárias, mediante o desenvolvimento de um plano de acção continental para a economia circular (2024-2034) com o apoio técnico e financeiro da União Europeia.
“A estratégia da economia circular continental, aprovada pela Cimeira da UA recentemente concluída (18 de Fevereiro), pretende facilitar a transição da África para um modelo sustentável que inclui uma acção para a biodiversidade”, disse.
O dia também é dedicado a Wangari Maathai, uma líder visionária, ambientalista e laureada com o Prémio Nobel da Paz, a primeira mulher africana a receber esta distinção e que dedicou a sua vida a promover a conservação do ambiente, o desenvolvimento sustentável e os direitos das mulheres.
“Ao comemorarmos este dia, reflictamos também, o dia de Wangari Maathai, sobre o seu legado duradouro e as lições que nos transmitiu, recordamos a importância da gestão ambiental, da capacitação da comunidade e do poder dos indivíduos para efectuar mudanças positivas no mundo”, adiantou.
O Dia Africano do Ambiente foi designado em 2002, pelo Conselho de Ministros da Organização da Unidade Africana na sua reunião em Durban, África do Sul, com base no reconhecimento dos numerosos desafios ambientais que o continente enfrenta, como a perda da diversidade biológica, as alterações climáticas, a desertificação, o aumento da poluição e a eliminação insegura de resíduos e produtos químicos.
SR/HF
Inforpress/Fim
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