
Cidade da Praia, 23 Nov (Inforpress) — O artista cabo-verdiano Djam Neguin apresenta Txabeta, uma performance que revisita a ancestralidade do Batuku, no encerramento do 5.º Festival Internacional de Máscaras do Cariri a realizar-se no dia 23 de Novembro, no Crato, Ceará.
Segundo uma nota enviada à Inforpress, o Festival Internacional de Máscaras do Cariri é bienal e celebra a cultura do mascaramento com espectáculos, oficinas, exposições e encontros de pesquisadores e grupos nacionais e internacionais.
A 5.ª edição, que decorre entre os dias 18 e 23 de Novembro e integra a programação internacional do festival, reúne artistas do Brasil, Portugal, Itália, México, Argentina, Peru, Espanha e Cabo Verde, com uma programação que inclui apresentações internacionais e actividades de rua no dia de encerramento.
Txabeta é uma experiência performativa conduzida pela personagem Hevah “o primeiro e último ser humano” que guia o público por uma viagem sensorial e sonora, combinando dança, criação sonora e cenografia de forte imagética pós-humana.
A peça insere-se na série CV Futurismo, de Djam Neguin, que projecta elementos da cultura cabo-verdiana no futuro, misturando tradição e inovação artística.
O solo Txabeta é o terceiro capítulo de uma série iniciada em 2020 pelo artista, que revisita géneros tradicionais de Cabo Verde, como morna, funaná e batuku, sob uma abordagem futurista, sucedendo aos trabalhos Mornatomia (2020) e Na-Ná (2022).
Desde a sua estreia, a obra já foi apresentada em espaços e festivais internacionais, incluindo Barcelona, Porto Alegre e centros de arte europeus, recebendo elogios da imprensa por sua abordagem multidisciplinar, interativa e imersiva.
Djam Neguin, reconhecido na dança, performance e música contemporânea, desenvolve projectos curatoriais e pedagógicos que circulam entre Cabo Verde, Europa e América Latina.
Com Txabeta, o artista fortalece o diálogo entre as estéticas afro-diásporicas e as práticas de mascaramento do Sul Global, trazendo a perspectiva cabo-verdiana do Batuku para um festival que articula tradição e experimentação contemporânea.
Segundo a organização do festival, a performance de Djam Neguin contribui para debates sobre corpo, tecnologia, identidade e preservação de patrimónios culturais, ao mesmo tempo que aproxima o público das possibilidades de criação artística contemporânea inspirada em tradições afro-diaspóricas.
LT/HF
Inforpress/fim
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