Cidade da Praia, 15 Mai (Inforpress) – A ministra da Justiça, Joana Rosa, visitou hoje o Centro Sócio-Educativo Orlando Pantera com o objectivo de levar “uma mensagem de conforto” aos internos do centro, nesse dia em que é celebrado o Dia Internacional da Família.
Após uma conversa personalizada com cada um dos internos, Joana Rosa frisou que são menores de várias proveniências e carentes de afecto e amor da família, pelo que neste dia da Família, quis mostrar a esses menores em conflito com a lei aquilo que o Estado tem para lhes oferecer, sem, no entanto, querer substituir a família.
“A mensagem que trouxemos é que nós temos estado a trabalhar para que o centro possa, a cada dia, responder aos objectivos que presidiram à sua criação que é recuperar esses menores e devolvê-los à família e à sociedade de forma diferente como entraram neste espaço”, explicou.
“Temos aqui menores de todas as ilhas do país com excepção do Maio e da Boa Vista. Menores que, por razões várias, desde logo a desestruturação familiar, menores que abandonaram o sistema de ensino que acabaram por entrar no mundo dos delitos, de condutas pouco próprias e que acabaram, por decisão judicial, por virem para o centro Orlando Pantera”, acrescentou.
Para além do trabalho que tem sido realizado do ponto de vista do ensino e da formação profissional, a ministra adiantou que há todo um trabalho que tem sido feito com as famílias, sendo que a preocupação maior do centro é o pós-cumprimento das medidas sócio-educativas.
“Queremos que esses menores, saindo daqui, possam ir ao convívio familiar, ter posturas e comportamentos diferentes. E para isso há um trabalho que tem sido realizado com muito afinco, com técnicos sociais, psicólogos, assistentes sociais e várias outras de intervenção para que possam receber o tratamento, o acompanhamento e a preparação para a vida lá fora”, sustentou.
Um trabalho que, admitiu, não tem sido fácil uma vez que são menores de várias proveniências e cuja familiarização com o centro leva algum tempo.
Contudo, destacou que o resultado tem sido positivo, já que há muito pouca reincidência entre os menores que deixaram o centro após atingirem a maioridade, isto é, aqueles que acabam por parar nos centros prisionais.
Neste momento o centro conta com 34 internos, todos do sexo masculino. O director do Centro, Ivandro Moniz, adiantou que os internos, apesar de privados de liberdade, têm acesso a um programa sócio-educativo com aulas a nível do ensino básico e secundário, praticam desporto e actividades recreativas.
Para além disso são alvos frequentes de palestras motivacionais, conversas abertas com profissionais de diferentes áreas no sentido de os motivar a enveredar para uma área profissional.
“O nosso objectivo aqui é levar esses jovens a terem esperança num futuro melhor”, realçou Ivandro Moniz.
O Centro Sócio-Educativo Orlando Pantera foi criado no ano de 2005 para receber menores em conflito com a lei.
MJB/HF
Inforpress/fim
Partilhar