Coordenador pede vigilância “muito mais activa” para evitar reintrodução do paludismo em Cabo Verde

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Coordenador pede vigilância “muito mais activa” para evitar reintrodução do paludismo em Cabo Verde
04/08/25 - 01:01 pm

Cidade da Praia, 04 Ago (Inforpress) – O coordenador do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo (PNLP) defendeu hoje, na cidade da Praia, a necessidade de uma vigilância “muito mais activa e precoce” para evitar a reintrodução do paludismo em Cabo Verde.

António Moreira falava à imprensa, à margem da formação em sistema de vigilância epidemiológica e gestão de casos sobre a prevenção da reintrodução do paludismo e dengue em Cabo Verdem promovida pela Direção Nacional da Saúde (DNS), no sentido de capacitar os profissionais em matéria de vigilância, diagnóstico e tratamento de casos. 

A mesma fonte explicou que a acçao surge no âmbito do Plano de Actividades Operacionais de 2025, que contempla formações nas ilhas de Santiago Sul, Boa Vista, Fogo, Brava e São Vicente. 

Conforme adiantou, há novidades, especialmente no domínio da vigilância e pediu uma vigilância “muito mais activa, muito mais precoce, sobretudo na parte do diagnóstico”, evitando a reintrodução da doença no país, com uma vigilância comunitária, baseada na comunidade, nas portas de entrada, também ações que já foram reforçadas com os profissionais de saúde.

Disse ainda que o foco é garantir o diagnóstico precoce e tratamento rápido, incluindo acções reforçadas nos principais pontos de entrada do país, com mais profissionais de saúde, sobretudo no Aeroporto Internacional da Praia, visando sobretudo, o diagnóstico precoce e o tratamento rápido, para evitar que haja proliferação e disseminação da doença. 

O coordenador revelou que o país não regista transmissão local há três semanas e que de janeiro até agora registou no geral, um total de 30 casos de paludismo, sendo 15 casos de transmissão local, com 80 por cento (%) desses casos notificados na cidade da Praia. 

Apesar dos avanços, expressou que a “guerra não está ganha” sublinhando que há que continuar, com todos envolvidos nesta dinâmica, nesta luta, sobretudo agora que está a aproximar a época da chuva, para evitar que haja aparecimento de casos.

Segundo o responsável, têm sido reforçadas ações de luta anti-vectorial e anti-larvar, principalmente em zonas críticas como Fonton, Fundo Cobom, zona norte na ilha da Boa Vista, além de João Galego, na zona norte da ilha onde há agricultura e tem havido casos de paludismo no passado. 

“As pessoas têm colaborado, mas o importante é a apropriação desse conhecimento, traduzindo-o em práticas concretas para mitigar ou diminuir os focos que se encontram muitas vezes dentro de casa”, concluiu.

Cabo Verde foi certificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como país livre de paludismo (malária) em Janeiro de 2024. 

Cabo Verde é o terceiro país da região africana a receber essa certificação, após Maurícia e Argélia.

DV/SR//AA

Inforpress/Fim

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