Cidade da Praia, 21 Ago (Inforpress) – O secretário de Estado Lourenço Lopes considerou hoje que construir um ambiente digital seguro, para reforçar a confiança dos cidadãos, combater a desinformação e valorizar a diversidade cultural, é um dos grandes desafios do Governo.
O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro fez essas considerações durante uma conferência de imprensa para apresentação das linhas de força e o programa da Conferência Internacional sobre Integridade da Informação na Região Oeste Africana e Sahel, que decorrerá de 03 a 05 de Setembro próximo, no Tech Park, na cidade da Praia.
O evento, uma iniciativa da Unesco em parceria com o Governo de Cabo Verde, deverá reunir cerca de 200 participantes.
“A Conferência Internacional sobre a Integridade da Informação será, seguramente, uma oportunidade para reafirmarmos o compromisso do Governo de Cabo Verde com uma agenda digital e mediática que alia a inovação tecnológica com princípios éticos e valores democráticos ao serviço do desenvolvimento sustentável e da coesão social, promovendo sociedades pacíficas e inclusivas”, referiu.
Segundo o governante, esta Conferência se afigura como um reconhecimento da Unesco em como Cabo Verde é, “definitivamente”, uma referência da liberdade, da democracia, da transparência e da boa governação em África e no mundo.
Entende, que ao reunir altos responsáveis políticos nacionais e internacionais, académicos e especialistas, partidos políticos, organizações da sociedade, entre outros actores, a conferência se ergue num espaço de partilha, diálogo e de procura conjunta de soluções em defesa e protecção dos cidadãos e das democracias.
A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Miryan Vieira, destacou, por seu lado, que a iniciativa, que conta com o financiamento da própria Unesco e de outros organismos internacionais, visa contribuir para a expansão das sinergias regionais e do envolvimento a nível nacional para proteger o direito à informação e fomentar a confiança no ecossistema da informação.
“Esta conferência constitui uma plataforma para definirmos um quadro estratégico e um plano de acção para a integridade da informação, alinhado com as normas internacionais e também adaptado ao contexto da África ocidental e do Sahel, tendo também como base quadros jurídicos internacionais e regionais, nomeadamente, os quadros jurídicos da União Africana, como sejam a Carta da União Africana sobre a Democracia, eleições e governação”, observou a governante.
Avançou que os dois primeiros dias da conferência serão dedicados a debates entre técnicos e especialistas, haverá também diferentes sessões plenárias e eventos paralelos, onde serão discutidos, designadamente, a definição de um quadro estratégico para a integridade da informação, os riscos e as ameaças à integridade da informação, uso das novas tecnologias, o acesso à informação, desenvolvimento de competências e literacia mediática e informacional, entre outros aspectos.
SC/HF
Inforpress/Fim
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