Competência Digital: Ministro diz que país terá de fazer “esforço ainda maior” para atingir “patamares mais elevados”

Cidade da Praia, 06 Ago (Inforpress) - O ministro da Modernização do Estado e da Administração considerou hoje que o país está a “dar passos importantes” rumo à transformação digital, mas alertou para a necessidade de fazer “um esforço maior” para alcançar níveis de qualidade.

Eurico Monteiro falava aos jornalistas no encerramento do workshop de restituição de recursos DLV3, no âmbito do projecto de estratégias de competências digitais de Cabo Verde.

Conforme disse, este workshop foi essencial para criar uma espécie de inventário daquilo que Cabo Verde tem em competências, ferramentas dos constrangimentos e dos caminhos que se deve seguir, mas sobretudo dos avanços que se registaram um pouco por todo o lado.

Sobre o posicionamento de Cabo Verde no panorama africano e global, o governante considera que apesar de o país estar “numa posição considerada boa” a nível global são mudanças rápidas que é preciso acompanhar.

Eurico Monteiro afirmou, no entanto, que mais importante do que a posição na tabela é reconhecer que nesta matéria está-se a fazer um esforço, mas é preciso “um esforço ainda maior para atingir patamares de maior qualidade”.

Por seu turno, mentora do projecto de estratégias de competências digitais de Cabo Verde, Margarida Mascarenhas, apresentou os resultados do estudo Análise Nacional de Competências Digitais, conduzida com base em mais de mil inquéritos, grupos focais e entrevistas.

Segundo Mascarenhas, a média nacional situou-se nos 3.75 pontos, indicando que o país está num nível intermédio.

“As pessoas têm algumas competências para fazer certas tarefas sozinhas, mas ainda estamos longe de alcançar uma verdadeira autonomia digital”, explicou.

O estudo avaliou três sectores principais, sociedade civil, administração pública, sector privado e pretende ser a base para as próximas fases do projecto, que incluirão propostas de acção concretas até 2030.

Uma das metas ambiciosas traçadas por Cabo Verde, segundo a mesma fonte, é fazer com que a economia digital represente 25% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030. 

Para isso, Mascarenhas sublinhou que é necessário garantir a participação activa de todos os intervenientes.

O estudo também revelou que na questão de acessibilidade e literacia digital é importante que todos estejam mais ou menos ao mesmo nível, ou pelo menos que as competências básicas estejam asseguradas para todos, e a questão da acessibilidade de internet a custo justo para todos.

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