Clima económico melhora no terceiro trimestre de 2025 e mantém tendência ascendente — INE

Cidade da Praia, 28 Nov (Inforpress) - O indicador de clima económico manteve no terceiro trimestre de 2025 a trajetória de crescimento e situou-se acima da média da série, revelando uma conjuntura favorável, de acordo com dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O inquérito de Conjuntura aos Agentes Económicos indicou que o ritmo de crescimento económico continuou a aumentar em relação ao segundo trimestre deste ano, refletindo a síntese das apreciações positivas dos empresários em vários sectores.

No comércio em estabelecimentos, o indicador de confiança manteve a tendência ascendente e posicionou-se acima da média da série.

Os principais constrangimentos apontados pelos empresários foram o absentismo laboral, rutura de stock e outros fatores associados ao funcionamento das empresas, embora tenham destacado facilidade em encontrar pessoal com formação.

No turismo, o cenário também se mantém favorável, e o indicador de confiança cresceu face ao trimestre anterior e ao período homólogo, permanecendo acima da média.

As empresas do setor apontaram como principais obstáculos a insuficiência da procura, regulamentações estatais, dificuldades em encontrar pessoal qualificado e outros fatores que condicionam o normal desenvolvimento da atividade.

No setor da construção, o indicador registou igualmente aumento e situa-se acima da média da série.

As limitações mais assinaladas incluem o elevado nível das taxas de juro, a dificuldade no acesso ao crédito e o excesso de burocracia, além de absentismo e outros fatores que condicionaram o desempenho das empresas.

O comércio em feira registou também evolução positiva, com o indicador de confiança acima da média da série e superior ao nível observado no terceiro trimestre de 2024, revelando um ambiente económico favorável neste segmento.

Na indústria transformadora, o indicador manteve a tendência ascendente e permanece acima da média da série. Os empresários identificaram como principais dificuldades o elevado absentismo, a falta de mão de obra, avarias mecânicas frequentes e, adicionalmente, problemas relacionados com água e energia.

O sector dos transportes e serviços auxiliares aos transportes também registou confiança crescente no trimestre em análise, com o indicador acima da média da série. A concorrência, dificuldades em encontrar pessoal qualificado, regulamentações estatais e outros fatores foram os principais constrangimentos identificados pelas empresas.

O INE conclui que, no conjunto dos setores analisados, a perceção dos empresários reforça a leitura de uma conjuntura económica positiva no país, sustentada pela continuidade do crescimento e melhoria dos indicadores de confiança económica.

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