Cidade da Praia, 24 Jun (Inforpress) – O Comité de Coordenação e Combate à Sida (CCS-Sida) promoveu hoje o lançamento da metodologia para avaliar o grau de acesso aos serviços de prevenção e diagnóstico e tratamento das pessoas com tuberculose e VIH-Sida em Cabo Verde.
Em declarações à imprensa, à margem do ateliê de apresentação da metodologia, na cidade da Praia, a coordenadora do CCS-Sida, Celina Furtado, explicou que a iniciativa visa analisar as desigualdades existentes no acesso a estes serviços.
Reconheceu que Cabo Verde tem tido um "bom desempenho" no que se refere a implementação das actividades e respostas no combate ao VIH Sida e à tuberculose no país.
“Neste momento, precisamos fazer uma avaliação crítica, ver qual é o grau da integração das comunidades locais, pessoas afectadas e das pessoas infectadas nessas duas doenças. Também, analisar a partilha de recursos de modo que tenhamos programas justos, equitativos e serviços de qualidade”, explicou, salientando que o próximo passo será a apresentação das recomendações de melhorias de acesso aos serviços.
Ao abordar a taxa de prevalência do VIH-Sida, Celina Furtado disse que é de 0,6% na população geral, considerada muito baixa, enquanto a tuberculose regista uma média de 150 casos por ano.
Questionada o que motivou a realização desta metodologia, a coordenadora da CCS-Sida afirmou que Cabo Verde se encontra num patamar que requer uma reflexão profunda sobre o assunto de forma a promover acções de cuidados de qualidade para todos.
“É preciso chamar as comunidades locais, as autoridades, para podermos ter uma ideia clara onde estamos e para onde é que queremos ir. Nós estamos na meta de eliminação do VIH e, sendo isso, é um pilar estratégico para podermos criar respostas sustentáveis e também implicar toda a gente nesta caminhada”, realçou.
Neste sentido, Celina Furtado apelou ao envolvimento de todos, à responsabilidade individual, à participação activa das famílias e ao envolvimento comunitário, sobretudo nas escolas, nas associações, neste processo de aplicação de metodologia para a construção de um país saudável, livre de Sida e de tuberculose.
Informou, por outro lado, que o país está “quase a concluir” o processo da eliminação do VIH de mãe para filho e que em 2030 Cabo Verde estará condições também de ter critérios para a eliminação do VIH na população geral de Cabo Verde.
A eliminação do VIH de mãe para filho, de acordo com Celina Furtado, será uma possibilidade garantida pela inovação em termos comportamental, clínico, de prevenção e do quadro legal, e através do engajamento de todos.
CM/CP
Inforpress/Fim
Partilhar