Carlos Veiga lamenta não atribuição de pensão devida e aguarda decisão positiva do Supremo Tribunal

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Carlos Veiga lamenta não atribuição de pensão devida e aguarda decisão positiva do Supremo Tribunal
21/08/25 - 03:12 pm

Cidade da Praia, 21 Ago (Inforpress) – O antigo primeiro-ministro Carlos Veiga lamentou hoje o facto de não lhe ter sido atribuído o direito à pensão correspondente aos anos de serviço, pelo que recorreu ao Supremo Tribunal e aguarda decisão positiva.

Em entrevista à Inforpress, o antigo primeiro-ministro manifestou que não teve ainda direito a uma pensão aqui em Cabo Verde, uma situação que lhe causou uma “grande decepção”, pois não esperava que o país lhe fizesse uma coisa dessas.

“Essa é uma grande decepção, porque nunca esperei que o meu país me fizesse isso. Se eu não tivesse forças para continuar a trabalhar na advocacia… teria que viver com 130 contos. Uma decisão completamente ilegal”, lamentou, confiante, num bom resultado, vir a ganhar no Supremo Tribunal de Justiça.

Explicou que fez um requerimento, que foi, entretanto, deferido, mas com base numa contagem de tempo que não calculou grande parte do tempo em que esteve na mesa da Assembleia Nacional e os três anos como embaixador nos Estados Unidos da América.

Portanto, não contando esses anos, também não contaram os valores que percebia naquela altura e que deveriam repercutir-se na pensão, pelo que teve que recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça, dizendo que a decisão tomada de lhe concederem a pensão de 130 contos, era “completamente ilegal”.

Assim, pediu que isso fosse revogado e lhe fosse atribuída a pensão correspondente ao tempo de serviço porque descontou, e espera que haja essa reparação.

“Entendi que não podia aceitar isso, como não estou para discussões, fui para o tribunal. Receberam os descontos todos e depois não me querem dar nem o tempo nem a pensão. Espero vir a ter, porque espero vir a ganhar no Supremo Tribunal de Justiça”, manifestou.

Há três anos que espera, por esta decisão, mas confiante num bom resultado.

Ex-governante do país, nomeado primeiro-ministro na sequência das primeiras eleições livres da história de Cabo Verde, cumpriu dois mandatos consecutivos.

Carlos Veiga é um dos principais nomes de oposição ao regime de partido único existente na altura e um dos autores da Constituição, actuou como deputado, foi vice-presidente do parlamento e embaixador nos Estados Unidos.

SC/HF

Inforpress/Fim

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