Cidade da Praia, 07 Fev (Inforpress) – Cabo Verde recebe o II campeonato de África sénior de baseball 5, já na fase final, visando o apuramento dos representantes do continente para o mundial da modalidade que se realiza em Outubro, em Hong Kong.
A prova, segundo Luís Roberto Nunes, que se apresenta como presidente da Federação Cabo-verdiana de Baseball e Softball, conta com o concurso das selecções nacionais de Cabo Verde, África do Sul (sétimo do ranking mundial), Tunísia e Tanzânia, teve início na segunda-feira, 05, com final prevista para quinta-feira, 08.
Monitorizada pela Confederação Mundial de Baseball e Softball, a prova, que decorre no Pavilhão Desportivo Vává Duarte, contou com dez países inscritos, mas a maioria (seis) desistiu, justificada pela falta de recursos financeiros, sobretudo para custear a deslocações aéreas para Cabo Verde.
Das quatro equipas participantes neste que é o único torneio em África de qualificação para o Mundial, esclareceu Roberto Nunes, o primeiro e o segundo classificado garantem qualificação directa para o campeonato do Mundo, enquanto o terceiro colocado fica na dependência da campanha, já que existe disputa em outros torneios.
Luís Roberto Nunes disse à Inforpress que a instituição que representa foi instituída em 2020, e que a propagação da pandemia da covid-19 interrompeu a sua acção com a promulgação do Estado de Emergência, mas que neste Torneio cabo Verde tem a pretensão de apurar-se para o Mundial de Hong Kong.
“Por conta da pandemia nós começamos de cima pra baixo. Começamos com uma Federação, sem associações e clubes. Começamos com uma selecção porque temos no banco um dos maiores especialistas do desporto em Cabo Verde, Francisco Romero, que conhece o basebol de cinco desde quando jogava em Cuba”, explicou.
Sublinhou que os jogadores integrantes da equipa cabo-verdiana, praticantes do andebol e basquetebol, de entre outras modalidades, começaram a preparar-se em Novembro, e gaba-se de Cabo Verde ter saído vencedor em “sets” com Tunísia e Turquia, e “continuar a jogar bem”.
Realçou que o facto de Cabo Verde não ter campeonato, nem equipas nesta modalidade, “não impede que o país tenha a sua selecção”, salientando que se trata de uma experiência para todos os praticantes, mostrando-se convicto que Cabo Verde vai qualificar-se para o mundial de Hong Kong.
Para Cabo Verde acolher esta competição, asseverou, a federação que dirige contou com uma verba do Comité Olímpico Internacional, através do Comité Olímpico Cabo-verdiano, e de “um ou outro patrocinador”, lamentando, contudo, a falta de patrocínio das empresas privadas.
Com o Governo, admitiu, a Federação Cabo-verdiana de Baseball e Softball não tem assinado contrato-programa, mas afirmou que o Governo “ajuda e muito”, em questões de logística, como a utilização do pavilhão Vává Duarte, e coloca à disposição o Estádio Nacional para acolher as delegações.
O baseball 5 é referenciado como um jogo de porto seguro, jogado internacionalmente com muitas das mesmas regras do baseball e do softball, regido juntamente com essas modalidades pela Confederação Mundial de Softball de Beisebol.
SR/AA
Inforpress/Fim
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