Cabo Verde e Nações Unidas definem prioridades estratégicas para 2026 após balanço positivo em 2025

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Cabo Verde e Nações Unidas definem prioridades estratégicas para 2026 após balanço positivo em 2025
18/12/25 - 02:00 pm

Cidade da Praia, 18 Dez (Inforpress) – Cabo Verde mantém uma “estratégia clara” na sua cooperação com as Nações Unidas, que assenta em três pilares fundamentais, capital humano, transformação económica e coesão territorial, declarou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional.

José Luís Livramento falava à imprensa à margem da reunião do Comité de Pilotagem para apresentar os resultados da implementação do Plano de Trabalho conjunto de 2025.

O encontro serviu igualmente para debater os desafios enfrentados e definir, de forma concreta, as prioridades estratégicas para 2026, bem como o alinhamento com o pacto para o futuro, a agenda ABAS/ABSA para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS), a agenda 2030 e a iniciativa ONU 80.

Segundo o governante, a reunião permitiu fazer uma avaliação daquilo que já se fez e com projeção para 2026, destacando a importância do sistema das Nações Unidas como parceiro estratégico, dada a sua intervenção em todas as áreas de desenvolvimento do país.

O ministro reiterou a ambição nacional de erradicar a pobreza extrema até 2026, posicionando Cabo Verde como o segundo país africano a alcançar esse objetivo.

“Vamos para a transformação económica e ambiental, como sabem, a economia é aquela que gera recursos, que é devidamente distribuída, e, em 2026, Cabo Verde tem a ambição de acabar com a pobreza extrema, colocando-nos como segundo país a conseguir isso na Africa”, disse o ministro.

No domínio da governação e da coesão territorial, José Luís Livramento reconheceu a persistência de assimetrias em vários pontos do país, razão pela qual continua “a merecer especial atenção”.

Por sua vez, a coordenadora residente das Nações Unidas em Cabo Verde, Patrícia Portela, considerou 2025 um ano simbólico, marcado pelos 50 anos da independência de Cabo Verde, os 50 anos da parceria com as Nações Unidas e os 80 anos da organização.

Segundo afirmou, estes marcos reforçaram o trabalho conjunto das 20 agências, fundos e programas trabalhando em três áreas chaves.

“A primeira, talento humano e capital social, a segunda, transformação económica e meio ambiente, e a terceira, a governação transformadora e coesão territorial”, acrescentou Patrícia Portela.

No âmbito do capital humano e do talento humano, evidenciou a resposta conjunta à emergência em São Vicente, com apoio imediato às populações afetadas e a elaboração do Plano de Avaliação de Necessidades Pós-Desastre.

“No segundo pilar, na transformação económica inclusiva e sustentável me parece muito importante a gente destacar a Estratégia Nacional de Segurança Alimentar, que é uma estratégia multissetorial, nutricional, que foi concluída este ano”, frisou a coordenadora.

Quanto à governação territorial, Patrícia Portela enalteceu o trabalho que foi feito com o apoio das Nações Unidas em relação ao portal da transparência, na prestação de contas.

JBR/AA

Inforpress/Fim

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