Cabo Verde avança na implementação do Protocolo de Triagem Manchester com formação no Hospital Agostinho Neto

Cidade da Praia, 24 Fev (Inforpress) – O Hospital Universitário Agostinho Neto, em parceria com o Grupo Português de Triagem (GPT), iniciou hoje na Praia uma formação para a implementação do sistema de triagem de prioridades na urgência, denominado Sistema Manchester.

O Hospital Universitário Agostinho Neto, em colaboração com o GPT, está a dar “um passo importante” com a implementação desse sistema, um modelo internacionalmente validado que visa optimizar a avaliação e o atendimento de pacientes nos serviços de urgência.

Em declaração à imprensa, o médico hematologista Paulo Almeida, também presidente do Grupo Cabo-verdiano de Triagens, explicou que o curso tem como objetivo capacitar os profissionais de saúde locais na aplicação do protocolo, utilizado para classificar os pacientes com base na gravidade das suas condições clínicas, e não na ordem de chegada aos serviços de urgência.

Paulo Almeida partilhou a experiência acumulada em São Vicente, onde o sistema já existe há alguns anos.

“A triagem de Manchester é uma mais-valia para o sistema de urgência, pois permite que os pacientes sejam atendidos de acordo com a prioridade clínica e não pela ordem de chegada”, afirmou o especialista, ressaltando a importância de um sistema baseado em critérios científicos para evitar mortes evitáveis e melhorar o atendimento de doentes críticos.

O Sistema Manchester, segundo o especialista, será também implementado em outras ilhas, como Santo Antão e Sal, que já concluíram a formação e agora aguardam a sua implementação.

O médico destacou ainda que a triagem não é apenas uma questão de classificar os doentes, mas também de definir o melhor encaminhamento para cada caso.

Por sua vez, a diretora clínica do Hospital Universitário Agostinho Neto, Hirondina Spencer, afirmou que com a implementação do sistema será possível garantir a segurança dos doentes, sendo atendidos em tempo útil e de acordo com o grau de gravidade de cada paciente, conforme as pulseiras nas urgências.

“Se for vermelho, o paciente será atendido imediatamente, laranja tem dez minutos de espera, amarelo tem 60 minutos de espera, verde tem 120 minutos de espera, e azul tem 240 minutos de espera”, frisou Hirondina Spencer, ressaltando que isso ajudará a diminuir as reclamações sobre o tempo de espera nos serviços de urgência.

A diretora clínica garantiu que até ao final do mês de Março o sistema estará implantado.

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