Cabo Verde adere ao projecto internacional “Sunrise” que estuda comportamentos e movimentos das crianças

Cidade da Praia, 13 Fev (Inforpress) – Cabo Verde aderiu hoje ao projecto internacional "Sunrise", que visa estudar os comportamentos e movimentos das crianças, e que possa contribuir para a melhoria da elaboração de políticas públicas nas áreas da saúde, educação e desporto.

Com Cabo Verde, o projecto “Sunrise” passa a estar presente em 71 países e representa, de acordo com o Ministério do Desporto, um “marco significativo” no estudo do desenvolvimento infantil no país.

Hoje, durante o acto de lançamento oficial, o presidente da Organização Nacional Antidopagem de Cabo Verde (ONAD-CV), enquanto promotora do projecto no país, explicou que se trata de um estudo científico internacional do qual o país foi convidado por uma universidade australiana para entrar na organização.

“Visa estudar os comportamentos e movimentos das crianças nos primeiros anos de vida. Primeiramente a questão da qualidade física, hábitos de sono e tempo no ecrã, e relacionar isso com o seu bem-estar físico e sócio-emocional”, precisou Emanuel Passos.

A ideia, acrescentou, é confirmar se, de facto, a nível internacional, está-se a seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) relativamente à prática ao exercício físico. 

“Vamos estudar os vários contextos. Crianças nas zonas urbanas, rurais e também nas zonas piscatórias. Porque conseguimos perceber que possivelmente poderá existir algumas diferenças entre estas zonas”, disse, avançando que o projecto vai ser implementado a nível nacional.

Por seu lado, o ministro do Desporto, Carlos Monteiro, realçou a relevância do projecto para o arquipélago e sublinhou que os dados do estudo vão permitir melhorar a elaboração de políticas públicas em áreas como saúde, educação e desporto.

“Quando falamos dos hábitos de vida das nossas crianças em tenra idade, estamos a falar também daquilo que irá influenciar o adolescente e o jovem adulto que nós teremos”, disse.

Para o governante, o investimento na saúde mais certo que se pode fazer é o investimento na prevenção, para quem mudar hábitos de vida significa que no futuro cada Estado poderá ter que investir ou terá uma despesa menor com aquilo que é a assistência médica e medicamentosa.

Os dados serão coletados em ambientes pré-escolares e nas creches e levarão em conta a relação ao estilo de vida para se agir na prevenção, no caso por exemplo, da crescente adição das crianças às telas.

A investigação irá abranger 600 crianças entre os três e os cinco anos de idade e espera-se que possa “reforçar o compromisso do país com a promoção de um desenvolvimento saudável e equilibrado das novas gerações”.

ET/AA

Inforpress/Fim