Brava: Populações revoltadas “clamam” por “uma gota de água” e melhoria na distribuição do precioso líquido (c/áudio)

Nova Sintra, 15 Mai (Inforpress) - As populações das localidades de Cachaço e Furna, na ilha Brava, dizem-se “revoltadas” com a Empresa Intermunicipal Águabrava, que “há já duas semanas não disponibiliza água” aos moradores, originando “consequências graves”.

Em declarações à Inforpress, o porta-voz da comunidade de Cachaço, José do Rosário, disse que antigamente quando não havia divisão deste líquido com as outras localidades, não sentiam falta de água. No entanto, lamentou que desde que foi feita a partilha da rede com outras comunidades, o problema de água surgiu e nunca mais conseguiram resolver.

“Passou a ter divisão deste líquido, sendo que em Cachaço recebemos água uma vez por semana, porém nós somos da zona mais alta e costumamos ter duas ou mais semanas sem receber uma gota de água. Sabemos que a ilha tem problema de água, mas, posso afirmar que estão a fazer má gerência na distribuição deste líquido”, reclamou.

Segundo a mesma fonte, Cachaço é uma zona de pastoria e a água é um bem “fundamental” para a realização desta actividade e não só, considerando ainda que a situação está a se tornar cada vez mais difícil.

“Já procuramos os responsáveis da instituição distribuidora de água e já fizemos várias reclamações, sendo que prometem sempre melhorar, todavia a situação sempre continua na mesma. Nós apelamos à melhoria desta situação o mais depressa possível antes que haja consequências graves”, apelou.

Por sua vez, o porta-voz da localidade de Furna, João Domingos, disse que a sua comunidade também está a passar pela mesma situação e a população tem estado a reivindicar, com frequência, esta problemática que, segundo o mesmo, há vários anos tem afectado a ilha Brava.

“Até já ouvi algumas pessoas a comentarem que conseguiram falar com o responsável da instituição, sobre esta problemática na zona, sendo que estes obtiveram sempre más respostas o que penso que é inadmissível”, sublinhou.

No entanto, existindo algum problema técnico que está a impedir ou dificultar na distribuição de água, a mesma fonte apela aos responsáveis para resolverem isto o mais depressa possível, tendo em conta que as zonas mais altas, atestou, estão sendo muito prejudicadas e às vezes ficam um ou dois meses sem o líquido.

“Na Furna, as casas que ficam um pouco mais acima não conseguem tirar água, tendo em conta que o mesmo não chega com força suficiente para abastecer estas moradias e, por isso, estamos aqui, mais uma vez, a falar para vermos se este problema poderá ser resolvido”, finalizou.

A Inforpress tentou uma reacção da responsável da Águabrava na ilha, que prometeu falar no momento oportuno.

 

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