Brava: Familiares da jovem encontrada morta dentro de casa em Santo Antão exigem realização da autópsia fora desta ilha

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Brava: Familiares da jovem encontrada morta dentro de casa em Santo Antão exigem realização da autópsia fora desta ilha
26/06/25 - 05:20 pm

Nova Sintra, 26 Jun (Inforpress) – Os familiares da jovem Adianela Fonseca, natural da Brava, falecida em Santo Antão, exigem a realização da autópsia fora desta ilha, para garantir a imparcialidade no caso.

É que o ex-companheiro da malograda é o actual delegado de saúde no Porto Novo.

A jovem de 39 anos que residia, actualmente, em Abufadouro, foi encontrada inanimada pelo próprio delegado, em sua casa no passado domingo, 22, do corrente mês e foi transportada para o hospital local onde viria a falecer, mas, até ao momento, são desconhecidas as causas da morte.

De acordo com uma fonte familiar, até ao momento não foram autorizados a ver o corpo da mulher que tinha um “relacionamento conturbado” com o ex-companheiro.

“Esse relacionamento foi marcado por sofrimento psicológico, traições e episódios que chegaram a requerer intervenção da polícia. Amigos e familiares sabiam do seu sofrimento, mas ela, como tantas mulheres, tentava recomeçar silenciosamente, sempre priorizando o bem-estar dos filhos”, contou.

Segundo a mesma fonte, a jovem “Nela” conforme era conhecida, viajou com os filhos para Porto Novo e participou no desfile da festa de São João, tendo a mesma publicado fotos às 6:00 da manhã de domingo, no entanto as imagens desapareceram das redes sociais.

“O seu telemóvel está agora sob posse do ex-companheiro, o que levanta sérias suspeitas sobre o apagamento das provas. Segundo a versão apresentada pelo ex-marido, ao chegar à casa acompanhado de um amigo, encontrou Adianela caída no chão da casa de banho e disse que pensou, inicialmente, que ela estaria a brincar, mas ao tentar levantá-la, percebeu-se que estava inconsciente”, relatou a fonte.

“Ele disse que tentou reanimá-la, mas infelizmente, ela faleceu no local e que em seguida, levou o corpo ao hospital. Não está claro se a Polícia Nacional ou a Polícia Judiciária foram accionadas antes ou depois do transporte. Esse facto, por si só, levanta dúvidas legítimas sobre o protocolo seguido e a preservação do local”, argumentou.

Neste sentido os familiares “exigem” o afastamento imediato e preventivo do delegado de saúde até à conclusão das investigações e pedem o acesso da família ao corpo e às informações oficiais, com total transparência.

Depois da realização da autópsia os familiares desejam que os restos mortais da Nela sejam transportados para a sua terra natal, onde poderão despedir da mesma e dar um enterro digno junto dos seus entes queridos.

A mulher deixou dois filhos menores, fruto do relacionamento com o médico, e um maior de um outro relacionamento.

DM/HF

Inforpress/Fim

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