Brava: Empreiteiro da DEMOL & TEC alerta para escassez de mão-de-obra na ilha (c/áudio)

Nova Sintra, 26 Nov (Inforpress) - O empreiteiro responsável da empresa de construção DEMOL & TEC manifestou hoje a sua preocupação relativamente à crescente falta de mão-de-obra qualificada na ilha Brava.

Em declarações à comunicação social, o empreiteiro António de Pina salientou que, para a realização de qualquer projecto de construção na ilha, torna-se actualmente necessário contratar e transportar trabalhadores de outras ilhas, o que “aumenta significativamente” os custos e prolonga os prazos de execução.

“Na nossa ilha o problema não está somente com os calceteiros, que é grave, uma vez que não existem profissionais da área na Brava, porque todas as obras que foram feitas aqui sempre foram trazidos trabalhadores da cidade da Praia.  Mas também há escassez de pedreiros ajudantes e entre outros profissionais”, salientou.

Nesta situação, informou o empreiteiro que a empresa não está a participar em alguns concursos de obras devido à falta de mão-de-obra no município.

No que tange às obras de requalificação da Rua Direita, em Nova Sintra, este avançou que já se encontram em curso e a previsão do término é de um mês, “caso tudo correr bem”.

“Não iniciamos esta obra no mês de Julho por causa das chuvas, mas a chuva está a chover em Novembro. Para o arranque desta obra tivemos também de trazer trabalhadores de outras ilhas, se não fosse assim não seria possível realizar esta infra-estrutura”, disse.

Pina realçou que o Centro de Formação Profissional já tinha anunciado curso para área de construção civil na ilha, mas, de acordo com a mesma fonte, os jovens não querem participar e isso torna a situação ainda mais difícil.

No seu entender, a remuneração dos profissionais da área de construção civil é “razoável”, isso pelo menos no que diz respeito à sua empresa.

“Um pedreiro está a receber 2500 escudos por dia e um ajudante 1500, portanto penso que é um bom vencimento em relação às outras áreas. Outro dia lancei um concurso para recrutar mão-de-obra, inscreveram-se algumas pessoas, mas nenhum apareceu para o trabalho”, concluiu.

DM/ZS

Inforpress/Fim