
Sal Rei, 06 Nov (Inforpress) – O poeta Valdevino Bronz lançou na Boa Vista o seu premiado livro “Sofisma Loucura”, segundo lugar no Grande Prémio Soca, e porque se autointitula como “um escravo da escrita”, garantiu que a sua poesia continuará a deleitar.
Valdevino Bronz reside na ilha da Boa Vista, onde o livro foi lançado na noite de quarta-feira, 05, no Centro de Arte e Cultura (CAC), e apresentado por Olavo da Luz e a escritora-mirim Bianca da Rocha, numa parceria entre a Sociedade Cabo-Verdiana de Autores (Soca) e a Câmara Municipal da Boa Vista.
Valdevino Bronz disse que a sua produção poética não tem fim à vista, sentindo-se “um escravo da escrita”, que lhe serve de “expurgo daquele breu interior”.
O poeta descreveu a sua arte de forma lapidar, e define a poesia como “lapidar ouro, lapidar uma pedra...algo que é mais do que esculpir.”
O autor, que participou no concurso da Soca por consideração a uma amiga, como disse, revelou que não tinha a intenção de publicar, mas sim a satisfação de dar forma ao que sente, pois, o livro a surgiu “quase por acaso”, reunindo poemas datados de 2018.
A presidente da Mesa da Assembleia Geral da Soca, Augusta Teixeira, destacou o valor estético e cultural de “Sofisma Loucura”, sublinhando as características que asseguraram o prémio, entrosamento temático-estilístico, a capacidade do autor de fazer dialogar com a importância das propostas temáticas com os diferentes recursos estilísticos, garantindo a “fruição no leitor”.
Augusta Teixeira destacou que o principal contributo de Valdevino Bronz é a “humildade muito grande” de pegar na cultura tradicional e transformá-la num texto “canonicamente mais aceitável”, classificando o resultado como uma “alta poesia” que honra Cabo Verde a nível internacional.
MGL/AA
Inforpress/Fim
Partilhar