Cidade da Praia, 17 Jun (Inforpress) – O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou, nesta segunda-feira, que aprovou um pacote de financiamento de 19,6 milhões de euros para apoiar o projecto de expansão da Fase II da Cabeólica em Cabo Verde.
O projecto, segundo uma nota publicada no website do BAD e consultado pela Forbes África Lusófona, é a primeira iniciativa de energia renovável do país a integrar a geração de energia eólica e sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) em grande escala.
O financiamento, conforme a mesma fonte, inclui um empréstimo de aproximadamente 12,6 milhões de euros do Banco Africano de Desenvolvimento e 7 milhões de euros em financiamento concessional do Fundo para a Energia Sustentável em África (SEFA).
O documento lembrou que o projecto original da Cabeólica foi inaugurado em 2012, sendo que a Fase II irá adicionar 13,5 megawatts de capacidade de geração eólica e 26 megawatts-hora de armazenamento de energia em baterias ligadas à rede.
A mesma fonte informou ainda, que a expansão deverá gerar mais de 60 gigawatts-hora de energia limpa por ano, eliminando a dispendiosa geração térmica e reduzindo as emissões de dióxido de carbono em cerca de 50 mil toneladas por ano.
A Fase II da Cabeólica envolve cinco instalações em quatro ilhas, entre as quais, uma expansão eólica na ilha de Santiago e implantações de BESS nas ilhas de Sal, Boa Vista e São Vicente e Santiago.
O armazenamento em baterias apoiará serviços auxiliares da rede, como resposta de frequência e regulação de tensão, permitindo uma utilização mais eficiente da energia eólica intermitente e reduzindo a restrição.
De frisar que a Propriedade da Corporação Financeira Africana, da A.P. Moller Capital e de entidades públicas cabo-verdianas, a Cabeólica S.A. é a primeira produtora independente de energia (IPP) do país.
A Fase II do projecto, segundo o documento, será sustentada por um contrato de compra de energia e serviços de armazenamento de 20 anos com a empresa nacional de serviços públicos Electra.
Este projecto promove o objectivo de Cabo Verde de gerar 50% da sua electricidade a partir de fontes renováveis até 2030, bem como a sua Contribuição Nacionalmente Determinada ao abrigo do Acordo de Paris.
DG/ZS
Inforpress/Fim
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