São Filipe, 15 Out (Inforpress) – O candidato do PAICV à presidência da câmara dos Mosteiros, Fábio Vieira, apresentou segunda-feira, 14, a sua agenda de governança 2024/28 com propostas para transformar Mosteiros num município “mais inclusivo, sustentável e moderno”.
No acto de apresentação dos cabeças de listas do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) para Mosteiros, Fábio Vieira apresentou as principais iniciativas que visam atender as necessidades da população e promover o desenvolvimento.
Entre as propostas destaca-se a habitação “digna para todos”, com criação do Fundo Municipal para a Habitação, aposta numa educação “inclusiva, resiliente e de qualidade”, assim como garantir o direito à saúde para todos.
O candidato compromete-se a promover um município “mais verde, saudável e sustentável”, com ênfase na modernização das infraestruturas e espaços públicos inclusivo e sustentável, modernizar as infraestruturas desportivas e maior investimento nas actividades desportivas.
Garantir mais protecção civil e segurança pública, assegurar maior participação, cidadania, transparência e accountability, mobilizar a diáspora, parcerias e desenvolvimento económico local, ter mais agricultura, pesca e ecoturismo sustentável e transformar Mosteiros num município com identidade, história e cultura são outras propostas.
Fábio Vieira admitiu que a sua equipa está mais bem preparada para enfrentar os desafios do futuro, por ser constituída por jovens conhecedores da realidade local, pessoas com experiência autárquica e comprometidas com o desenvolvimento, capacitadas e com provas dadas.
Ressaltou que o “desempenho excepcional” da autarquia ocorreu num contexto marcado por crises e secas cíclicas e que para “piorar esse contexto hostil” contou com um Governo que “elegeu Mosteiros como alvo a abater” e procurou de diversas formas “bloquear, atrasar e adiar o seu desenvolvimento”.
Como exemplos apontou o “atraso deliberado” da transferência de recursos consignados e consequente atrasos no arranque de projectos estruturantes, adiamento das obras de requalificação da orla marítima de Queimada Guincho, “eliminação dos Mosteiros” de todos os programas de assistência social e económica e o “descaso” para com a rocha de Sumbango.
“O exemplo mais ridículo tem a ver com as obras de asfaltagem de vias urbanas. O Ministério das Infraestruturas e a Estradas de Cabo Verde procuraram de todas as formas bloquear este projecto ambicioso e que representa a realização de um sonho para todos os mosteirenses”, denunciou.
Para Fábio Vieira, os ganhos não são frutos do acaso, mas reflexos e impactos das políticas públicas implementadas e alistou as várias realizações implementadas nos últimos quatro anos.
Daí, finalizou, o próximo mandato será fundamental para consolidar os ganhos conquistados, potenciar o desenvolvimento económico inclusivo e continuar com a agenda de infraestrutura municipal e transformar Mosteiros num município “aprazível e seguro para viver, sonhar e investir”.
O presidente do PAICV, Rui Semedo, por seu lado, disse que nos Mosteiros o adversário está incomodado com a capacidade de materialização da câmara apesar da criação de muitas dificuldades em todos os processos e projectos com impedimento de financiamento.
A democracia, explicou, é dar poder pleno ao povo para escolher os seus governantes e não para escolher aqueles que os adversários querem, e lembrou que na escolha o povo avalia propostas, ideias, seriedade, carácter, competências e disponibilidade de fazer e o resultado para quem está a governar.
Rui Semedo mostrou-se satisfeito com a dinâmica de realização dos Mosteiros e de São Filipe e espera que essa dinâmica contagie Santa Catarina a ter nova liderança.
“O recurso do país é fruto de suor e sacrifício de todos e o papel do governo é ser um bom gestor do recurso”, disse Rui Semedo.
A mesma fonte sublinhou que um governo que discrimina uma parte do território nacional, só porque tem poder e não faz a distribuição com “responsabilidade, transparência e equilíbrio”, para promove integração das regiões e promover o desenvolvimento, é um “mau governo”.
Fábio Vieira, 44 anos, concorre à sua própria sucessão pela lista do PAICV. Natural de Queimada Trás, fez os estudos primários nos Mosteiros e secundário na Cidade da Praia, foi vereador de 2012 a 2020 e presidente da câmara desde 2020.
Licenciado em ciências da educação pela Universidade Jean Piaget, pós-graduado em Governo Local, mestre em administração e gestão pública, todos pela Universidade de Aveiro, é doutor em ciência política pela mesma universidade. Antes de ser eleito vereador foi deputado municipal dos Mosteiros de 2004 a 2012.
JR/AA
Inforpress/Fim
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