São Filipe, 05 Nov (Inforpress) – A União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) está a equacionar a possibilidade de entrar com um processo-crime contra a câmara de São Filipe e o mandatário da candidatura do PAICV por falsificação e vazamento de dados.
Em conferência de imprensa para denunciar a tentativa de impugnação da candidatura da UCID com base em hipotéticas dívidas de alguns dos seus candidatos e vazamento de dados pessoais, o presidente da direcção regional da UCID, António Pires Cardoso não descartou esta possibilidade caso a câmara e o mandatário não façam um pedido de desculpa pública nos órgãos de comunicação e nas redes sociais.
Na conferência de imprensa convocada para esclarecer questões sobre a candidatura da UCID às eleições autárquicas de 01 de Dezembro, António Pires Cardoso, denunciou o que chamou de "tentativa de impugnação" com base em falsas dívidas do cabeça de lista à assembleia.
Segundo António Pires Cardoso, trata-se de uma dívida inexistente que foi atribuída ao candidato em um esforço para desacreditar a campanha da UCID e denegrir a imagem dos seus candidatos.
O líder regional da UCID explicou que a candidatura foi informada sobre supostas dívidas de "escritura pública" atribuídas ao cabeça de lista, mas ao procurarem a câmara para esclarecer a situação, foram surpreendidos com desculpas que, segundo o mesmo, foram infundadas.
Este explicou que o assessor jurídico da edilidade confirmou que não existe nenhuma dívida de escritura pública em nome do candidato e na sequência foi emitida uma declaração confirmando a inexistência de qualquer dívida pendente.
Além das tentativas de impugnação, a UCID também afirmou que dados pessoais de terceiros foram vazados para a imprensa e redes sociais, incluindo nomes que coincidem apenas parcialmente com o do candidato da UCID.
Por isso apelou à câmara e ao mandatário do PAICV para que tenham mais cautelas e salientou que o vazamento de informações prova uma “negligência inaceitável”, motivo pelo qual a UCID vai solicitar uma investigação por parte da câmara para apurar a origem do erro de DUC (Documento Único de Cobrança) “falso” em nome do candidato.
O líder regional da UCID criticou a postura do PAICV e acusou o seu mandatário de interferir na candidatura da UCID em vez de focar na própria candidatura e sublinhou que o PAICV está “desnorteado” com a candidatura da UCID que surge como a terceira força política do município.
Segundo o mesmo, a candidatura da UCID vai pautar por uma “campanha cívica” e repudia qualquer tipo de conduta mesquinha como a tentativa de impugnação.
O presidente da direcção regional da UCID aproveitou para apontar o que chamou de “esbanjamento de recursos” pelo PAICV e deu como exemplo o uso de veículos públicos, por vereadores e pelo mandatário do PAICV e a má gestão da Agência de Desenvolvimento Regional.
Para António Pires Cardoso, a gestão actual da câmara prioriza investimentos em asfaltagem e infra-estruturas desportivas, “enquanto áreas essenciais como saúde e protecção civil, que necessitam de equipamentos adequados para salvar vidas, têm sido negligenciadas”, e exemplificou com a falta de meios por parte dos Serviços de Protecção Civil para desencarcerar vítimas de acidente como aconteceu no passado dia 02 de Novembro.
A UCID, segundo o mesmo, vai trabalhar para dar continuidade ao desenvolvimento do município e lembrou aos elementos da candidatura de PAICV que antes de proferir acusações para denegrir a imagem de outras candidaturas que cumpra aquilo que está estabelecido na lei.
JR/ZS
Inforpress/Fim
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