Associações de pessoas com deficiência enfrentam dificuldades devido ao atraso do subsídio do Governo (c/áudio)

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Associações de pessoas com deficiência enfrentam dificuldades devido ao atraso do subsídio do Governo (c/áudio)
09/04/24 - 12:43 pm

Cidade da Praia, 09 Abr (Inforpress) – O presidente da Federação Cabo-verdiana de Associações de Pessoas com Deficiência (FECAD), Marciano Monteiro, afirmou hoje, na Praia, que as associações de pessoas com deficiência enfrentam dificuldades decorrentes do atraso na disponibilização do subsídio anual do Governo.

Em declarações à Inforpress, o também presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Cabo Verde (ADEVIC) avançou que são um total de 11 associações membros da FECAD que recebem o subsídio anual do Executivo, conforme estabelecido em um protocolo assinado. No entanto, ao longo dos anos, esse subsídio costuma chegar com atraso, colocando em risco o bom funcionamento das associações.

Conforme reforçou Marciano Monteiro, o subsídio cobre as despesas essenciais como energia, água, comunicação e salários dos funcionários. No entanto, desde Janeiro, muitas associações estão enfrentando dificuldades financeiras devido à ausência do repasse do Governo.

“Todos os anos o Governo tem dado às associações de pessoas com deficiência um subsídio para funcionamento só que o protocolo assinado vai até Dezembro de cada ano e depois será assinado logo no ano seguinte, neste caso, assinamos o protocolo de 2024 no mês de Março, mas ainda não há nenhum feedback por parte do Governo em relação à assinatura deste protocolo no que diz respeito à disponibilização da verba que transfere para cada associação”, ressaltou.

E, esse atraso tem causado transtornos, especialmente no cumprimento dos compromissos financeiros, principalmente no que diz respeito ao pagamento dos funcionários, que já estão há quatro meses sem receber.

“Isso cria um certo constrangimento, imagine temos funcionários que trabalham com associação que devem ser remunerados, mas que desde Janeiro não recebem sequer nenhum mês ainda”, fortificou Marciano Monteiro, salientando que é “praticamente impossível” as associações sobreviverem sem esse auxílio.

Quando questionado se já apresentaram essa situação ao Governo, ele respondeu que o simples facto de assinarem o protocolo já indica a necessidade desse suporte, sustentando que esse atraso é recorrente ao longo dos anos.

“O Governo tem responsabilidade nesta matéria, entendemos que a situação pode não ser muito fácil e vendo no País que nós temos, mas de facto cria-se uma série de constrangimentos e é um sufoco mesmo para as associações de pessoas com deficiência que já vai a quatro meses sem aquilo que chamamos de sobrevivência”, reforçou.

Neste sentido, o presidente da FECAD apelou ao Governo no sentido de trabalhar para resolver esta situação o mais rápido possível porque está comprometendo o desenvolvimento das actividades de cada associação.

 

TC/ZS

Inforpress/Fim

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