Santo Antão: Associação manifesta “revolta e frustração” após recusa de vistos pela Embaixada da Espanha

Ribeira Grande, 28 de Out (Inforpress) – O presidente da Associação de Ténis da Ribeira Grande, António Miranda, expressou hoje a sua “revolta e frustração” após a embaixada da Espanha recusar o visto a quatro atletas e do seu treinador para participar num torneio internacional.

Em declarações à Inforpress, António Miranda lamentou a situação que impediu a participação da equipa no evento, onde Cabo Verde seria representado como o único país africano.

Segundo o responsável, desde 2022, a Associação de Ténis da Ribeira Grande tem sido convidada a participar no torneio, tendo já conquistado o troféu Fair Play no ano passado.

No entanto, este ano, como é habitual, a associação reuniu a documentação necessária dos atletas e do treinador para o pedido de visto, que, segundo António, foi “devidamente” apresentado e dentro do prazo.

“Contudo, a resposta da embaixada foi desalentadora, informando que não havia mais vagas disponíveis para vistos, classificando o pedido como voltado para turismo e negócios, quando, na verdade, era para uma competição desportiva”, afirmou.

António Miranda salientou que a associação tentou resolver a situação através do Centro Comum de Visto, que confirmou um agendamento para o dia 24 de Outubro, um dia antes da viagem.

Ao comparecer no Centro Comum de Visto, o treinador, segundo António Miranda foi informado que o agendamento “não era válido”.

“É uma vergonha. Investimos tempo e recursos na preparação dos atletas, que já estavam prontos para embarcar”, disse.

O presidente da associação reafirmou que os atletas, com idades entre os 10 e os 12 anos, vivenciaram um momento de “desilusão”, uma vez que muitos deles não terão outra oportunidade de participar no torneio na faixa etária permitida.

António Miranda enfatizou a importância do projecto social, que oferece experiências únicas para os jovens.

“A viagem estava agendada para o dia 27 de Outubro, e a associação tinha reservas de voos e acomodações. A organização do torneio ficou perplexa com a situação, que afecta não só os atletas, mas também o prestígio de Cabo Verde no cenário desportivo internacional”, concluiu.

LFS/JMV

Inforpress/Fim