
Cidade da Praia, 27 Dez (Inforpress) – O Governo e os promotores do projecto Smart City Cabo Verde 2.0 defenderam hoje a iniciativa como resposta estratégica aos desafios urbanos, climáticos e à necessidade de planeamento inteligente, sustentável e inclusivo.
A posição foi assumida durante o lançamento oficial do projecto, que marca a entrada do Smart City numa nova fase, agora com o apoio de “parceiros estruturantes”, entre os quais o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O programa prevê a implementação de um modelo de cidade inteligente no município de São Domingos, com ambição de servir de referência para Cabo Verde e para o continente africano.
Segundo a presidente do Projecto Smart City, Loide Monteiro, o país reúne actualmente as condições necessárias para avançar com a concretização do projecto, que está em desenvolvimento desde 2018.
Aquela responsável reforçou que já existe uma área definida, um projecto urbano aprovado pela Câmara Municipal de São Domingos e que se encontra em fase de conclusão o plano de negócios, etapa que antecede os estudos de viabilidade a serem financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
Loide Monteiro explicou que o conceito de cidade inteligente defendido pelo projeCto assenta num modelo 4S – smart, sustentável, segura e com sorriso – que alia tecnologia e inovação à criação de oportunidades económicas, melhoria da qualidade de vida, resiliência climática e garantia de segurança física e digital.
“O objectivo é identificar os desafios das nossas cidades e trabalhar soluções inovadoras, comuns às realidades urbanas cabo-verdiana e africana”, afirmou, sublinhando ainda o papel da diáspora como um pilar estratégico do projecto, quer pelo contributo em conhecimento técnico, quer pelo potencial de investimento e ligação ao país.
Por sua vez, o ministro das Infraestruturas, Victor Coutinho, considerou o Smart City uma necessidade para Cabo Verde, tendo em conta a fragilidade do território e as vulnerabilidades das cidades face aos fenómenos climáticos extremos.
“Pensar as cidades de forma inteligente não é uma moda, é uma necessidade”, afirmou.
O governante defendeu que o ordenamento e a gestão do território devem ser encarados de forma integrada, desde a fase de planeamento até à execução e gestão, destacando a importância de parcerias entre o Governo, autarquias, universidades, técnicos e sociedade civil.
No âmbito das perspetivas para 2026, Victor Coutinho apontou a resiliência das infraestruturas como um dos grandes desafios do país, defendendo a criação de um plano nacional de infraestruturas que sirva de instrumento orientador para o desenvolvimento urbano e evite intervenções avulsas.
O Smart City Cabo Verde 2.0 é apresentado como um projecto estruturante que visa transformar o modelo de desenvolvimento urbano nacional, para promover cidades mais inteligentes, resilientes e preparadas para responder aos desafios actuais e futuros.
KA/SR/JMV
Inforpress/Fim
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