
Cidade da Praia, 19 Dez (Inforpress) – O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu hoje o reforço da diplomacia económica como instrumento fundamental para a promoção da classe empresarial, considerando o fortalecimento da classe como condição para o futuro sustentável para o país.
José Luís Livramento falava à imprensa no final de uma visita à Câmara do Comércio de Sotavento (CCS) realizada a pedido do seu presidente, Marcos Rodrigues, enquadrada na nova visão da cooperação bilateral, cada vez mais orientada para o comércio e o investimento.
Segundo o governante, a consolidação do país passa pela afirmação do sector empresarial, razão pela qual a diplomacia económica assume um papel determinante na abertura de mercados, na atração de investimento estrangeiro e no apoio à internacionalização das empresas cabo-verdianas.
Nesse sentido, explicou que Governo e Câmara do Comércio irão trabalhar de forma articulada, envolvendo os sectores da tutela do investimento e da indústria, para definir caminhos concretos e pragmáticos que permitam aos empresários nacionais fazer negócios no exterior, tanto na região da CEDEAO como em mercados como os Estados Unidos da América e Brasil.
O ministro sublinhou ainda que Cabo Verde goza de credibilidade e boa imagem na arena internacional, factores que constituem vantagens competitivas para os empresários, realçando igualmente a necessidade de formação e preparação, tendo em conta que se trata de uma classe empresarial relativamente jovem.
“Nós vivemos um período em que a economia privada praticamente não existia, só depois da democracia também económica é que essa classe passou a exercer a sua actividade a nível legal”, asseverou, acrescentando que foram aprovados investimentos, estímulos fiscais e vários outros mecanismos.
O presidente da Câmara do Comércio de Sotavento, Marcos Rodrigues, realçou que a CCS tem desenhado uma série de propostas ao Governo, e trabalhado "afincadamente" na construção de um tecido "empresarial forte".
De acordo com o responsável, os empresários procuram sobretudo oportunidades de negócio e não apoios, defendendo que o sector privado deve ser o suporte da economia nacional e gerar riqueza suficiente para sustentar o país.
Quanto ao acesso ao financiamento, reconheceu avanços, mas admitiu que o custo do dinheiro ainda é elevado, mostrando-se, contudo, confiante de que o reforço da concorrência no sector bancário e medidas regulatórias do Estado e do Banco Central possam contribuir para melhorar as condições de financiamento às empresas.
“E o Governo pode criar medidas legislativas que pode melhorar condições para que isto aconteça”, apontou, reconhecendo que houve algumas aberturas e caminhos percorridos.
LT/CP
Inforpress/Fim
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