Enapor contradiz ministro do Mar e avança com concurso internacional para exploração do complexo de frio

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Enapor contradiz ministro do Mar e avança com concurso internacional para exploração do complexo de frio
08/12/25 - 02:10 pm

Mindelo, 08 Dez (Inforpress) – O presidente da Enapor anunciou hoje, no Mindelo, que se vai avançar com concurso internacional para contratação de parceiro para exploração do Complexo de Frio do Porto Grande, tal como ditam os procedimentos de contratação pública.  

Ireneu Camacho assumiu este posicionamento hoje em conferência de imprensa, no Mindelo, apesar de, em Abril último, o ministro do Mar ter também anunciado que um consórcio espanhol, integrado pelas multinacionais Ubago, Jealsa e Mercadona, estava posicionado para assumir a gestão da plataforma de frio do Porto Grande do Mindelo, antes explorada pela Atunlo.

Confrontado pela imprensa, o presidente da empresa gestora dos portos (Enapor) explicou que esta tem os seus procedimentos que cumprem o Código de Contratação Pública.

“Acreditamos que a melhor forma de encontrar um parceiro é através de um concurso público e neste momento estamos nesse acto e o concurso é aberto para todos participarem e acreditamos que com essa metodologia nós iremos sim alcançar o parceiro que nós almejamos”, sustentou Camacho, referindo-se ao processo que foi lançado hoje.

Segundo a mesma fonte, agora é aguardar os resultados do concurso, que se estende até 23 de Janeiro, e do qual deverá ser escolhido o “melhor parceiro”, para respeitar as decisões do caderno de encargos para exploração da plataforma.

Como exemplo de directrizes, Ireneu Camacho explicou que, entre outras obrigações, a estratégia da concessão passa por ter uma garantia em relação aos colaboradores e ainda um plano de investimento “muito forte” com “visão de inovação, sustentabilidade e principalmente atento às preocupações em situações climáticas”.

A ideia, conforme a mesma fonte, é fazer com que o novo investidor acrescente valor à plataforma, que neste momento tem as quatro câmaras da Nave 2 a trabalhar, auxiliado por cerca de 30 trabalhadores, dos 150 deixados pela Atunlo, que entrou em falência em Fevereiro de 2024.

Por outro lado, acrescentou, espera-se que os restantes, neste momento em casa e com salários pagos pela Enapor, tenham os postos de trabalho garantidos.

Na mesma linha, o representante dos trabalhadores, o coordenador do sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Afins (Siacsa), Heidy Ganeto, congratulou-se com a abertura do concurso.

Mas, assegurou que o sindicato vai continuar a acompanhar o processo para ver o futuro desses colaboradores.

Uma expectativa também partilhada pela funcionária Margarida Costa, que ainda não está a trabalhar, mas espera que tudo corra bem para não voltarem ao desemprego.

LN/AA

Inforpress/Fim

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