Lisboa, 02 Out (Inforpress) – O ministro da Cultura defendeu hoje em Lisboa (Portugal) a importância da divulgação do legado de Manuel Figueira, Bela Duarte e Luísa Queirós, precursores das artes plásticas em Cabo Verde e fundadores do projecto Cooperativa Resistência.
O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga, fez estas afirmações em declarações à Inforpress, à margem da inauguração da exposição colectiva “Dos Afectos à Resistência”, promovida pela Embaixada de Cabo Verde em Portugal, no âmbito das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional.
O governante considerou “extremamente importante” mostrar o trabalho destes “três grandes artistas” cabo-verdianos, cujo trabalho é conhecido dentro de São Vicente.
Nesse sentido, anunciou que, além das exposições temáticas no Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD), em São Vicente, o ministério que tutela perspectiva levar a mesma exposição, ora inaugurada, no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), em Lisboa, para Países Baixos, Estados Unidos da América, Angola e França.
Acrescentou ainda que a intenção é também levar a mostra às ilhas de Santiago, Sal e Santo Antão.
A iniciativa, conforme explicou, tem como objectivo manter vivo o legado de Manuel Figueira, Bela Duarte e Luísa Queirós e para que os cabo-verdianos na diáspora conheçam estas três figuras centrais da cultura cabo-verdiana.
A exposição, que segundo ele, vai acontecer em 2026, ano que o projecto Cooperativa Resistência completa 50 anos, é também uma forma de dar “maior internacionalização e maior visibilidade” aos trabalhos destes três artistas plásticos.
Sobre a exposição, enalteceu o “grande trabalho” dos curadores Ricardo Barbosa Vicente e Elisangela Monteiro, e disse acreditar que o público conseguir interpretar toda esta evolução da Cooperativa Resistência e o que realmente representam.
A exposição, segundo a organização, pretende através dos trabalhos diversificados tanto a nível da pintura, batique e fotografias, revisitar as relações afectivas, artísticas e políticas que uniram estes autores e que, a partir de São Vicente, estabeleceram pontes entre o mundo interior e o mundo exterior.
A mostra, que estará patente até finais de Dezembro, no CCCV, propõe à comunidade cabo-verdiana residente nas terras lusas e ao público em geral um reencontro com a força dos laços criativos que moldaram a história cultural do arquipélago.
FM/JMV
Inforpress/Fim
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