Representantes dos Comités Olímpicos Africanos e da América do Sul trocam experiências na elaboração de projectos

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Representantes dos Comités Olímpicos Africanos e da América do Sul trocam experiências na elaboração de projectos
22/08/25 - 08:27 pm

Cidade da Praia, 22 Ago ( Inforpress) – Os representantes dos Comités Olímpicos Africanos e da América do Sul trocam experiências para a submissão dos projectos ao programa “Erasmus mais”, para que os comités tenham mais bagagem para aceder a financiamento europeu para impulsionar as suas actividades.

À imprensa, no encerramento da formação internacional “Erasmus+ Capacity-Building Workshop for Olympic Committees”, Raul Soulé explicou que esta formação visa partilhar a visão do Comitê Olímpico de Cabo Verde (COC) em relação a sua independência financeira para com o Comitê Olímpico Internacional.

Segundo Soulé, o Comité está a tentar ser “autossuficiente e não estar dependente” de ninguém para sobreviver, sublinhando que é o caminho e a visão que a instituição quer seguir.

Destacou que a COC tem se destacado pela sua capacidade de elaborar e submeter projectos europeus “de Erasmus mais”, e que este workshop serve para partilhar esta visão com outros comitês olímpicos que estão a passar pelo mesmo problema.

“O Comitê Olímpico de Cabo Verde, dentro do Movimento Olímpico Africano, é considerado um dos melhores Comitês Olímpicos Nacionais. Nós conseguimos, por ciclo, fazer uma captação entre 1.8 a 2.2 milhões de dólares para Cabo Verde”, assegurou.

A mesma fonte informou que participaram nesta formação representantes dos Comités Olímpicos Africanos, do Brasil, Eswatini, Gâmbia, Cazaquistão, Lesotho, Seychelles, África do Sul, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe.

O formador e consultor internacional em gestão do desporto e programas de financiamento, Bruno Rosa, disse que esta participação dos comités de outros países é importante, porque permite-os ter conhecimento de como fazer para submeter os seus prjectos ao programa de financiamento europeu Erasmos mais e que a COC tem beneficiado deste projecto de financiamento a nível europeu.

Partilhar com outros países não europeus essa possibilidade deste programa de financiamento do âmbito social que utiliza o desporto como ferramenta é um dos objectivos deste workshop, assegurou.

Segundo este formador, estes participantes, a partir de agora, já têm uma noção clara das oportunidades que o programa traz e oferece para a juventude, educação e para o desporto. 

Lembrou que o Comité Olímpico Cabo-verdiano está envolvido em três projectos que foram aprovados e que utilizou este financiamento para aplicar nas actividades, incluindo a capacitação da juventude e igualdade do género no desporto.

Por sua vez, o gerente executivo do Comité Olímpico do Brasil, Sebastião Pereira, disse que esta formação serviu para troca de experiências para conhecer as formas de financiamento dos projectos no sector da educação, juventude e sustentabilidade, considerando sectores “muito importantes” para o seu país.

“É uma oportunidade para conhecermos a experiência e a realidade de cada país e ver de que forma podemos aproveitar boas práticas que foram feitas em cada país”, realçou, afirmando que isso tem um valor enorme, sobretudo na identificação de projectos que possam ser comuns.

Este workshop, que aconteceu na sede da Federação Cabo-verdiana de Futebol, na Praia, foi promovido pelo Comité Olímpico de Cabo Verde (COC) e financiado pela Solidariedade Olímpica.

DG/JMV

Inforpress/fim

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