Enapor isenta de tarifas portuárias doações enviadas e alarga gratuitidade na armazenagem de contentores

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Enapor isenta de tarifas portuárias doações enviadas e alarga gratuitidade na armazenagem de contentores
19/08/25 - 12:03 pm

Mindelo, 19 Ago (Inforpress) – A administração da Enapor anunciou hoje a isenção de tarifas portuárias para todas as doações enviadas por via marítima, nacional e internacional, como medida de mitigação no sector portuário, em resposta à situação de calamidade em São Vicente.

A isenção, explicou a Enapor – Portos de Cabo Verde em nota enviada à Inforpress, aplica-se desde que as mercadorias sejam “devidamente conferidas pela Alfândega” e seja comprovada a sua origem e destino para fins de doação.

A medida, que estará em vigor nos próximos três meses, inclui ainda o alargamento do período de gratuitidade da armazenagem de contentores no Porto Grande para 30 dias.

Isto porque, continuou a mesma fonte, consta-se que muitos operadores económicos se encontram impossibilitados de levantar os seus contentores devido ao estado precário das estradas e que “uma parte significativa” dos comerciantes perdeu os seus armazéns.

Essas acções, de acordo com a a Enapor – Portos de Cabo Verde, visam facilitar e agilizar o envio de bens essenciais às famílias e comunidades afectadas, bem como apoiar os operadores e comerciantes locais na recuperação dos impactos da tempestade.

“Neste momento particularmente difícil, reafirmamos o nosso compromisso com a solidariedade e apelamos à união de todos para que, juntos, possamos apoiar quem mais precisa e contribuir para a rápida recuperação da ilha de São Vicente”, finalizou a empresa gestora dos portos de Cabo Verde.

Os estragos por toda a ilha provocados pela passagem da tempestade Erin fizeram o Governo declarar situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos dois concelhos de São Nicolau.

Além disso, foi anunciado um plano estratégico de resposta que contempla apoios de emergência às famílias, mas também às atividades económicas, com linhas de crédito com juros bonificados e verbas a fundo perdido, justificando a decisão com o "quadro dramático, excecional".

O Governo utilizará os recursos do Fundo Nacional de Emergência, criado em 2019 para responder a situações de catástrofes naturais ou impacto de choques económicos externos.

AA/CP

Inforpress/Fim

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