Cidade da Praia, 28 Mai (Inforpress) – O secretário-geral do MpD (poder) defendeu que os 50 anos da Independência devem ser celebrados com mais participação popular, levando a festa às ruas e explicando ao povo o verdadeiro significado da liberdade conquistada em 1975.
“Nós temos que levar a independência às pessoas, eu acho que poderia ser mais para o povo”, afirmou o Agostinho Lopes, que falava esta quarta-feira à Inforpress a propósito das comemorações dos 50 anos da Independência de Cabo Verde, que se assinalam a 05 de Julho.
No seu entender, as celebrações da independência devem chegar às ruas, envolver o povo e promover alegria e consciência, levando a todos o verdadeiro significado da liberdade conquistada em 1975.
“Eu quero só desejar ao povo cabo-verdiano muita saúde, muita força, muita paz para comemorarem os 50 anos. Gostaria de ver o povo na rua e vi há dias o começo das comemorações em São Vicente e fiquei muito contente”, disse, destacando a importância de se levar a independência até às pessoas.
Para o antigo presidente do Movimento para a Democracia (2001-2006), a independência foi uma conquista colectiva do povo cabo-verdiano, e não apenas dos seus líderes.
“Mas é preciso lembrar o ponto de partida para eu mesmo ficar satisfeito comigo, para tu mesmo ficares satisfeito, para cada cabo-verdiano ficar satisfeito com o trabalho que foi feito pelos cabo-verdianos”, realçou reforçou Agostinho Lopes, reforçando a ideia de que o povo deve sair da rua para festejar.
Agostinho Lopes referiu ainda a ausência de explicações mais profundas sobre o percurso histórico do país nos meios de comunicação.
“Temos que explicar isso, é uma parte que eu não estou a ver nem na televisão nem na rádio”, afirmou.
O dirigente evitou fazer projecções para o futuro, apontando a instabilidade mundial e a velocidade das mudanças tecnológicas como obstáculos, ainda assim, manifestou esperança numa nova era de convivência pacífica e de desenvolvimento.
“Eu confio na sabedoria humana e no poder de Deus para iluminar a mente humana a humanidade estará certamente a entrar numa nova era”, sublinhou.
Olhando para Cabo Verde, Agostinho Lopes manifestou o desejo de, dentro de 10 anos, ver um país praticamente livre da pobreza, com dignidade assegurada para todos os cabo-verdianos.
“Viver dignamente significa ter as suas necessidades básicas satisfeitas, e também as complementares, para poder lutar pelas suplementares”, acrescentou.
Apesar dos avanços, o secretário-geral do MpD considerou que ainda há um longo caminho a percorrer para que Cabo Verde atinja níveis de desenvolvimento comparáveis a outros países arquipelágicos que partiram de contextos semelhantes, mas hoje se encontram mais avançados.
AV/CP
Inforpress/Fim
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