
Porto Inglês, 23 Abr (Inforpress) – Os tripulantes da embarcação de pesca semi-industrial “Pai Santo”, encalhada desde terça-feira na Praia de Santana, em Morrinho, criticaram hoje a falta de meios adequados e a demora da Enapor em iniciar os trabalhos de reboque da embarcação.
Segundo o comandante da embarcação, Paulo Fortes, a operação de desencalhe só começou cerca de 26 horas após o incidente, o que, na sua ótica, agravou as condições para a retirada do barco.
“Precisamos de cabos fortes, mergulhadores e equipamentos apropriados. A falta desses meios e a demora na chegada da Enapor tem dificultado muito o processo”, destacou.
Durante o dia de hoje, foram feitas pelo menos três tentativas de desencalhe com apoio de um reboque, mas sem sucesso, tendo-se registado inclusive a quebra de um dos cabos utilizados.
A tripulação tem contado com apoio da Proteção Civil, que disponibilizou tendas e colchões no local. Os pescadores decidiram permanecer junto à embarcação, acompanhando os trabalhos e aguardando novas tentativas de remoção do barco.
Enquanto isso, para evitar o desperdício do pescado, os tripulantes optaram por distribuir cerca de três toneladas de peixe à população local e ao centro de saúde da ilha.
O encalhe da embarcação “Pai Santo”, proveniente de Santiago, aconteceu por volta das 5:00 da manhã de terça-feira, 22, quando a embarcação fazia o percurso entre Boa Vista e Santiago.
RL/JMV
Inforpress/Fim
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