Ministro da Saúde reafirma compromisso do país com a promoção da saúde materna e infantil

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Ministro da Saúde reafirma compromisso do país com a promoção da saúde materna e infantil
07/04/25 - 01:35 pm

Cidade da Praia, 07 Abr (Inforpress) – O ministro da Saúde classificou o dia de hoje como “marcante” que convida a refletir sobre os progressos alcançados e a reafirmar o compromisso do país para com a promoção da saúde materna e infantil. 

Jorge Figueiredo falava na cerimónia do acto central para comemoração do Dia Mundial da Saúde, assinalado hoje e regozijou-se com o facto de Cabo Verde ter tido “avanços significativos” na promoção da saúde da mulher e da criança, e com “impactos positivos” nos indicadores fundamentais para o desenvolvimento sanitário e socioeconómico.

“Embora, em Cabo Verde, os nossos números não sejam tão expressivos, cada grávida, cada mãe e cada bebê que perdemos nessa luta representa uma tragédia evitável, irreparável e que afeta toda a nossa sociedade”, disse o governante, defendendo que o país não deve demarcar-se, sem reforçar o seu compromisso permanente, em agir com determinação, seriedade e abnegação.

O ministro da Saúde, apesar de admitir que ainda os desafios persistem 50 anos depois da independência, reconheceu também que as exigências de respostas concretas e eficazes tem sido “cada vez mais crescente”, alegando, por outro lado, que os avanços têm sido também extraordinários.

Jorge Figueiredo realçou ainda que a assistência e o acompanhamento integral, no pré e pós-natal, cobrem todo o território nacional, quer seja nas estruturas públicas, primárias, quer nas hospitalares.

“O futuro esperançoso que almejamos começa efetivamente hoje e juntos poderemos continuar a fazer a diferença na vida e na saúde das nossas grávidas, mamães e bebês, a razão da nossa atenção e esforço”, disse, lembrando que em Cabo Verde, no início dos anos 1975, os partos hospitalares eram uma realidade, mas que hoje mais de 97% são hospitalares e humanizados.

Cabo Verde, segundo o governante, tem contribuído para a diminuição da mortalidade infantil numa taxa de 110 por mil, em 1975, e dez por mil, hoje, na esperança de uma redução inferior.

Por seu lado, a representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Cabo Verde, Edith Pereira, realçou os progressos de Cabo Vedra em matéria de saúde materna infantil e os esforços nacionais visando a redução das mortalidades maternas e infantis ao longo destes 50 anos de independência. 

“As agências das Nações Unidas, nomeadamente o FUNOAP, a OMS e a Unicef, têm prestado assistência ao país proporcionando um início de vida saudável e um futuro esperançoso às mulheres e crianças com reforço das capacidades técnicas, implementação de protocolos e normas de cuidados, avaliação da qualidade dos cuidados, promoção do aleitamento materno e de uma alimentação saudável”, afirmou.

Na sua comunicação referiu ainda sobre a implementação da vacinação de rotina ao longo do ciclo de vida, preparação para o processo de eliminação do VIH e hepatite de mãe para filho e na certificação do sarampo, da eliminação do sarampo, bem como outras áreas de intervenção e, finalmente, a reativação da Comissão de Vigilância e Resposta às Mortes Maternas, Neonatais e Infantis.

Perante estes avanços, a OMS, no Dia Mundial da Saúde, reafirmou o seu compromisso em garantir que em Cabo Verde todas as mães e bebés tenham um início saudável e um futuro esperançoso.

Este ano, o Dia Mundial da Saúde é celebrado sob o tema “Inícios saudáveis futuros esperançosos”, que visa chamar a atenção dos países para uma responsabilidade colectiva em que o foco é acabar com as mortes maternas e neonatais evitáveis e priorizar a saúde e o bem-estar das mulheres e das crianças.

No mundo, quase 300 mil mulheres morrem anualmente devido a causas relacionadas com a gravidez ou com o parto.

A maioria dessas mortes ocorrem em países de baixa e média renda, cerca de 95% e a maior parte delas podem ser evitáveis. 

Além disso, mais de 2 milhões de bebês morrem no primeiro mês de vida e 1,9 milhões nascem já mortos. 

Na sub-região africana de que Cabo Verde faz parte, 20 mães e 120 recém-nascidos morrem a cada hora, totalizando 178 mil mortes maternas e um milhão de mortes de recém-nascidos a cada ano. 

PC/AA

Inforpress/Fim

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