Mindelo, 26 Mar (Inforpress) – O grupo de cientistas que se encontram em São Vicente no âmbito na missão científica do navio Ocean Xplorer da NASA, dos Estados Unidos, diz-se “muito animado” por conhecer a “geologia interessante” do arquipélago.
Quem o diz é a jovem cientista Kelsey Allen, da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA, na sigla em inglês), que esteve reunida na manhã de hoje, no Mindelo, com estudantes da Universidade Técnica do Atlântico (UTA) para partilhar conhecimentos e divulgar os objectivos da missão.
O objectivo de estar aqui em Cabo Verde é, segundo a mesma fonte, observar “muitas coisas” como carbono oceânico, cor do oceano, parâmetros ópticos diferentes e “muita ciência” que está acontecendo no arquipélago, como também no continente africano.
“Estivemos a falar com muitos jovens cientistas diferentes de toda a África Ocidental e agora estamos aqui em Cabo Verde e estamos muito animados por estar aqui e compartilhar o máximo que pudermos convosco”, elucidou Kelsey Allen.
A missão pretende, acrescentou, validar, por meio da colecta de dados, uma tecnologia que utiliza dados de satélite para efectivar parâmetros de carbono no oceano, clorofila e outros parâmetros relacionados à oceanografia biológica e química.
“Cabo Verde em particular é uma geografia muito interessante. É uma cadeia de ilhas bem jovem, e há muita química, biologia e geologia interessantes acontecendo no oceano ao redor das ilhas”, considerou a cientista.
Desta forma, também contam ter até a bordo do navio explorador cientistas cabo-verdianos para ajudar “ao máximo” na pesquisa, cuja intenção é obter o máximo de diferentes tipos de ciência, em diferentes locais, por forma a validar o satélite global.
Da parte da UTA, o coordenador do Departamento de Ciências da Terra e da Vida, António Pinto, admitiu ser uma grande oportunidade por permitir que cientistas cabo-verdianos estejam a par de todos os dados colectados aqui, durante a expedição, e que estes sejam também trabalhados com participação de profissionais de Cabo Verde.
Quanto ao encontro com os estudantes da universidade, o também assessor do reitor para a área de investigação e mobilidade académica considerou ser uma mais-valia devido aos contactos dos discentes com cientistas já formados.
“É uma forma de estreitar mais colaborações e trabalhos futuros, com certeza”, sublinhou António Pinto.
A missão do navio de pesquisa científica de última geração Ocean Xplorer, que durante quatro meses pretende promover a ciência oceânica na costa africana, teve início em finais de Janeiro.
Através da ‘Around África Expedition’ vai efectuar pesquisas de ponta para compreender melhor a biodiversidade e as oportunidades de conservação essenciais para o desenvolvimento sustentável e os meios de subsistência locais.
LN/CP
Inforpress/Fim
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