Boa Vista: Adeco promete acções concretas para defender os direitos dos consumidores

Inicio | Economia
Boa Vista: Adeco promete acções concretas para defender os direitos dos consumidores
15/03/25 - 08:19 pm

Sal Rei, 15 Mar (Inforpress) – O presidente do conselho directivo da Associação para a Defesa do Consumidor (Adeco), Nelson Faria, prometeu hoje acções concretas para defender os direitos dos consumidores que têm reclamado por mais fiscalização de preços na Boa Vista.

O responsável da Adeco falava à Inforpress a propósito das recentes reclamações de consumidores na Boa Vista, que consideram as subidas dos preços na ilha “um abuso” e pedem uma maior fiscalização dos estabelecimentos na ilha.

Trata-se de uma reclamação “legitima e necessária”, disse o responsável quando confrontado sobre a situação, num dia em que se celebra o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor.

Nelson Faria afirmou que mesmo considerando os problemas de acesso a alguns bens alimentares, devido à dependência da importação do país, e a discrepância a nível de transportes, que não permite igualdade de circunstância na distribuição, há direitos de consumidores que devem ser salvaguardados.

“Nós na Adeco acolhemos esta preocupação para ser levada às instâncias próprias, para ser denunciada nos nossos canais de comunicação, para também accionar a actuação de autoridades competentes, nomeadamente a fiscalização municipal, a IGAI, a Autoridade da Concorrência (...), de modo que não haja situações de açambarcamento ou de aumentos abusivos de preços que lesem os consumidores”, afirmou.

Nelson Faria relacionou a situação dos direitos dos consumidores na ilha com o lema deste ano, “Uma transição justa para estilos de vida sustentáveis”, indicando que essa transição requer equidade e inclusão das comunidades menos favorecidas, mais vulneráveis, não apenas em rendimentos, mas também das ilhas mais isoladas ou com menos acesso a determinados bens e serviços, como é o caso da Boa Vista.

“A questão dos preços na Boa Vista, do acesso a transporte regular, previsível, que possibilite acesso a bens em tempo e em qualidade necessária deve ser incluída na questão da sustentabilidade, que não se resume só à questão ambiental, estende-se à questão económica e social”, afirmou.

O dirigente associativo indicou que essas são situações que devem ser corrigidas em todo o país para garantir que os bens de consumo essenciais, particularmente ligados à alimentação, acesso à água e energia, sejam salvaguardados para todos os cidadãos.

E que todas as ilhas devem ser incluídas nessa transição justa pelas políticas governamentais, municipais e actuação justa das empresas, acrescentou.

Nelson Faria informou que se está a trabalhar para que o Índice de Consumo Essencial (ICE) seja também feito na cidade da Praia, o maior centro de consumo nacional, e na ilha da Boa Vista, pelo valor que tem para o país, porque é uma ilha turística.

A Adeco, segundo disse, tem toda a vontade e intenção de materializar o estudo também na ilha, que prevê anunciar brevemente.

Nelson Faria terminou recomendando aos consumidores da ilha e em geral a informar-se sobre os seus direitos, formalizar as reclamações, inclusive no livro de reclamações dos estabelecimentos, e a associar-se à Adeco para fortalecer a defesa dos seus direitos.

MGL/CP

Inforpress/Fim

Partilhar