Santa Cruz: Falta de mão-de-obra já atinge construção civil e outras áreas – presidente da câmara

Pedra Badejo, 02 Mar (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Carlos Silva, alertou hoje que a falta de mão-de-obra já está a atingir sectores como construção civil, restauração e outras actividades económicas nesse município santiaguense.

“A falta de mão-de-obra deve-se à saída em massa das pessoas, sobretudo mão-de-obra qualificada e jovens para estrangeiro. Com todos os investimentos previstos para este ano em Santa Cruz quer dos privados, da câmara e com a dinâmica na construção civil por parte da nossa diáspora, já estamos a sentir o efeito na construção civil e outras áreas”, afirmou o edil santa-cruzense em declarações à Inforpress.

A título de exemplo, avançou que no âmbito da diversificação da economia local para este ano consta um projecto imobiliário denominado “Vitória Santiago”, que vai edificar uma nova cidade em Santa Cruz, em que vão precisar de bom número mão-de-obra, quer pedreiro, carpinteiro, marceneiro, electricista, canalizador e entre outros.

Face a isto, o autarca mostrou-se preocupado, perspectivando que a insuficiência da mão-de-obra poderá comprometer alguns investimentos, e ainda trazer diversos impactos para o sector da construção civil, como atrasos no arranque e na conclusão das obras tando dos privados como da câmara.

No entender de Carlos Silva, para se “estancar” a saída de jovens do município que dirige, e a nível do país de uma forma geral os poderes local e central têm que criar condições, que passem sobretudo pela dinamização da economia visando criar mais empregos.

No caso particular de Santa Cruz, anunciou que a equipa camarária que lidera vai este ano apostar “fortemente” no comércio local e no capital humano, visando incentivar os jovens a estudarem nas universidades do país, com apoio da câmara.

Em Santiago Norte, alguns empresários do ramo da restauração e hotelaria ouvidos pela Inforpress também queixaram-se da falta de mão-de-obra qualificada, e alegam que “num futuro próximo” muitos estabelecimentos correm risco de fecharem as portas.

FM/CP

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