Cidade da Praia, 25 Fev (Inforpress) - O Governo defendeu hoje que a segurança no Corredor Atlântico, no qual é parte o Golfo da Guiné, carece de desenvolvimento de sinergias e complementaridade, da prevalência do estado-do-direito do mar e a promoção da cooperação internacional.
“A segurança do Atlântico requer sempre parcerias estratégicas que potenciam o desenvolvimento de capacidades, trocas de experiências e de informação, reforço de sistemas de comunicação e diálogos cada vez mais permanentes”, disse a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Myrian Vieira advogou esta posição na abertura da IV reunião do subcomité de chefes de Estado-Maior da Armada da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decorre de hoje até quinta-feira, na cidade da Praia, tendo sublinhado que as redes de criminalidades transnacionais utilizam meios cada vez mais sofisticados.
Daí ressaltou que urge a dotação de meios cada vez mais adequados, eficazes e novas tecnologias, incluindo a Inteligência Artificial (IA), para se dar combate às ameaças que decorrem das actividades ilícitas.
Para a governante, esta reunião reveste-se de essencial importância para uma coordenação aprimorada da vigilância marítima nesta sub-região, atendendo aos objectivos preconizados com estabelecimento da arquitectura da Yaoundé.
Referiu que os estados membros da CEDEAO estão confrontados com desafios multifacetados de cariz comunitária como a criminalidade transnacional organizada, particularmente actividades ilícitas como a pirataria, trafico de drogas, emigração clandestina, pesca ilegal, tráfico de seres humanos e de armas bem como terrorismo de entre outros.
Estes desafios estão agravados com a problemática das crises sanitárias à escala global, observou Myrian Vieira, salientando que neste rol de lutas afiguram-se ainda as alterações climáticas, a poluição marítima, que desafia a comunidade a ter acções, cada vez mais coordenadas, e estratégias, mais sólidas.
Pretende-se com este encontro, que envolve os representantes da Comissão da CEDEAO, dos centros marítimos da comunidade, dos chefes de Estado-Maior da marinha dos estados-membros e seus chefes de operações, discutir questões críticas de segurança marítima na região.
Ainda serão abordadas problemáticas relativas às implicações financeiras e operacionais da plataforma de partilha de informações do Sistema de Informação Regional da Arquitectura de Yaoundé (YARIS, na sigla em inglês).
A funcionalidade e propriedade do sistema, desafios de pessoal e partilha de informações entre os centros de coordenação marítima da região e os centros operacionais marítimos nacionais dos estados-membros constam, igualmente, dos temas analisados e discutidos.
SR/CP
Inforpress/Fim
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