Luxemburgo vai doar a Cabo Verde 10 milhões de euros para fazer face às alterações climáticas

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Luxemburgo vai doar a Cabo Verde 10 milhões de euros para fazer face às alterações climáticas
24/02/25 - 01:33 pm

Cidade da Praia, 24 Fev (Inforpress) – A cooperação luxemburguesa vai doar ao Governo 10 milhões de euros para apoiar o país na sua política de transição energética e mobilização de água e saneamento em 2025, revelou o embaixador do Grão-Ducado do Luxemburgo.

Esta decisão foi comunicada à imprensa pelo embaixador desse país europeu em Cabo Verde, Jean-Marie Frentz, no decorrer da III Reunião do Comité de Pilotagem do Programa Acção Climática, no âmbito do Programa Indicativo de Cooperação “Desenvolvimento – Clima – Energia” Cabo Verde – Luxemburgo (2021-2025), que preside com o ministro da Agricultura, e Ambiente, Gilberto Silva.

Jean-Marie Frentz disse que os 10 milhões se inserem no montante total dos 40 milhões de euros para este quadriénio, alegando que se pretende dotar Cabo Verde de experiência, visando a capacitação dos recursos necessários para definir e priorizar a sua acção climática, incluindo a mobilização de recursos.

Luxemburgo, assegurou, continuará a   apoiar Cabo Verde em 2025 nos seus esforços internacionais, enquanto um país não emissor de gases, mas vítima das alterações climáticas.

Realçou que para além do apoio à definição de políticas-chave, esta parceria visa também o reforço de capacidades para garantir uma boa participação do país no COP que se reunirá em Belém, Brasil.

O ministro da Agricultura, por sua vez, enalteceu as qualidades deste projecto que implica, sobretudo a temática da governança e consolidação da acção climática de Cabo Verde, por forma a complementar os demais programas no domínio da transição energéticas de entre vários projectos para a adaptação do país aos efeitos das mudanças climáticas.

“Trata-se de um programa que nos ajudou a actualizar, tanto a contribuição voluntária de Cabo Verde para a redução das emissões, assim como para o nosso plano de acção para adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, muito importante para o planeamento de toda a nossa acção neste domínio”, referiu.

O programa ajudou o país a definir e a implementar a sua governança climática, explicitou o governante, sublinhando que perante esta problemática era necessário a criação de novas instituições e novos instrumentos de governança, caso do Secretariado Nacional de Acção Climática e o Conselho Interministerial para a Acção Climática, visando a mobilização de recursos e a criação de um Fundo Climático e Ambiental.

“Estamos a deixar aqui, com este programa, um legado muito forte que é o país com bases muito fortes de governança climática, de coordenação de articulação, de forma transversal, para a implementação dos nossos programas de acção, envolvendo outros parceiros como o FMI”, rematou Gilberto Silva.

SR/HF

Inforpress/Fim

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