São Miguel: Ministro do Mar anuncia que Governo está a trabalhar para a construção do porto e garantir segurança aos pescadores

Calheta, 30 Jan (Inforpress) – O ministro do Mar anunciou hoje que o Governo está a trabalhar para a construção do porto de pesca no município de São Miguel, juntamente de outras condições, como a fibragem de botes para garantir segurança aos pescadores.

Jorge Santos falava à comunidade piscatória do município durante um encontro com os homens do mar, onde reconheceu que a pesca é “uma actividade virtuosa”, mas que é necessário criar condições para ser uma actividade cada vez mais desenvolvida e possa ser uma fonte de renda.

Neste sentido, o governante ressaltou que é preciso criar segurança e robustez nas embarcações, informando que os 31 botes do município vão beneficiar em breve do programa de fibragem, mas também a construção de um porto para garantir mais segurança aos pescadores e à comunidade piscatória em geral.

Não obstante, a estas duas questões, reforçou a necessidade da classe dos pescadores e peixeiras investirem nas suas formações e capacitações, aproveitando as oportunidades que o Governo e o município têm colocado à disposição destes, nomeadamente a instalação de um polo da Escola do Mar, mas também programas que permitem às pessoas terem acessos aos financiamentos.

O ministro aproveitou ainda para falar aos pescadores sobre a possibilidade de motorizar os botes, dentro de um programa em que 50 por cento (%) é gratuito e o outro 50% é pago seis meses depois da aquisição do motor.

Na região de Santiago Norte, o ministro do Mar anunciou que vai ser construído o porto da Ribeira da Barca, o de São Miguel e a ampliação do porto do Tarrafal, com o foco de melhorar “significativamente” o sector da pesca nestes municípios e na região.

Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal de São Miguel, Herménio Fernandes, enalteceu a necessidade de se ter um sector pesqueiro cada vez mais dinâmico, embora tenha reconhecido que neste momento se encontra “num bom ritmo”.

Entretanto, deixou patente alguns desafios, nomeadamente a capacitação dos pescadores, mais organização e infraestruturação da própria comunidade de pesca, acoplados à necessidade de mais financiamento que permitam expandir e modernizar toda a actividade e trabalhar em toda a cadeia da pesca, desde a captura, à venda, conservação, transformação, para melhorar e criar mais valor para ter cada vez menos pescadores na pobreza.

O foco, segundo o edil, é que esta seja uma actividade de rendimento, ser cada vez mais industrializada e empresarial, porque, vincou, somente desta forma se pode fazer a transição de uma actividade subsistência para um negócio.

“A nossa visão é de transformar este sector numa indústria mais forte, mais dinâmico, melhor organizado e humanizado do ponto de vista económico”, elencou o autarca, reforçando que a ideia é que todos que trabalham neste sector tenham segurança social para si e familiares, garantindo assim uma aposentação condigna e tranquila.

Da comunidade piscatória, além dos desafios apresentados pelo autarca, pediram também um barco salva-vidas para o município, e uma maior proximidade dos poderes locais e governamentais à classe.

A visita do ministro à região de Santiago Norte iniciou-se na quarta-feira, em Santa Cruz, hoje, São Miguel, e finaliza na sexta-feira, 31, no Tarrafal, como parte das comemorações do Dia Nacional do Pescador, celebrado anualmente a 5 de Fevereiro.

Ainda, em Fevereiro, Jorge Santos também visitará as ilhas de São Nicolau, São Vicente e Santo Antão, com o mesmo objectivo de fortalecer a pesca nacional e discutir estratégias para a sua valorização e sustentabilidade.

MC/JMV

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