Cidade da Praia, 16 Jan (Inforpress) - O Governo destacou hoje a importância de reconhecer o papel central da Imprensa Nacional (INCV) como guardiã da transparência, da legalidade e do acesso à informação pública como um bem público indispensável para os cidadãos.
Estas considerações foram feitas pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, na abertura do Fórum das Imprensas Oficiais dos Países de Língua Portuguesa, que decorre hoje e sexta-feira, na cidade da Praia.
Segundo o governante, é a partir das informações que os cabo-verdianos têm conhecimento da lei, dos decretos e de outras decisões fundamentais que regem as políticas públicas.
Daí que, asseverou, o Governo tem apostado na modernização da Imprensa Nacional de Cabo Verde (INCV) com investimentos na nova sede, ao nível dos equipamentos para produção de documentos ao mais alto nível de segurança, assim como, estabelecendo colaborações bilaterais e multilaterais.
Esta remodelação, avançou o também ministro do Fomento Empresarial e da Economia Digital, enquadra-se no Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS) II.
“Foi assim que nós, em Cabo Verde, criamos um amplo programa de digitalização dos serviços públicos, compreendendo a modernização da base de dados, o desenvolvimento de plataformas ‘online’ e a criação de sistemas integrados”, acrescentou, sublinhando que o objectivo assenta em garantir maior eficiência na gestão de documentos e informações.
Olavo Correia disse entender que o digital afiança grandes oportunidades para os países, e essencialmente, para os pequenos Estados insulares que se conectam entre si e com o mundo.
De acordo com o governante, a ambição é definir Cabo Verde como uma nação digital, onde impera a identidade, assinatura, residência e todos os serviços públicos e privados neste novo formato, numa lógica de interoperabilidade, com aposta forte na segurança e na confiança dos serviços públicos.
E para garantir esta nova visão, avançou, cabe investir igualmente em competências técnicas e habilidades humanas, nas infra-estruturas, no quadro legal, aproveitando, por outro lado, as virtualidades que o formato oferece.
“O que nós queremos é verdadeiramente utilizar o digital para combater a burocracia que representa um cancro ao nosso desenvolvimento. E se nós colocarmos o digital, a inteligência artificial ao serviço dos cidadãos e das empresas, conseguiremos combater a democracia e promover a transparência”, concretizou.
Para o vice-primeiro-ministro, o país precisa ainda de equipas capazes e competentes “a todos os níveis”, com uma “liderança esclarecida” para fazer acontecer.
A sessão de abertura do Fórum das Imprensas Oficiais dos Países de Língua Portuguesa contou com a presença, entre outras entidades, do presidente do conselho de administração da Imprensa Nacional de Cabo Verde, Raimundo Lopes, e do gerente administrativo da Empresa Gráfica da Bahia, EGBA.
LT/CP
Inforpress/Fim
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