São Filipe, 20 Dez (Inforpress) – A ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, Eunice Silva, disse que as últimas eleições resultaram na alteração do quadro autárquico e que cabe a cada um descodificar a mensagem que o cidadão quis transmitir.
Eunice Silva, que representou o Governo no acto de instalação dos órgãos autárquicos saídos das eleições de 01 de Dezembro nos três municípios da ilha do Fogo, disse que o Governo, com tranquilidade e determinação, percebeu a mensagem emitida pelo povo.
Porque assim é, disse, o Governo traduzirá em acções concretas a mensagem recebida através das urnas, na certeza de que estará muito mais sintonizado com os eleitores e mais rápido na materialização das aspirações e sonhos dos cidadãos.
Mas esta missão, advertiu Eunice Silva, não é exclusiva do Governo, mas é também uma tarefa das autarquias locais.
Neste sentido, avançou, o Governo dará continuidade à implementação de políticas que visem consolidar a autonomia financeira dos municípios e voltará a submeter a proposta da Lei de Bases do Orçamento Municipal e proposta da lei que estabelece o novo regime financeiro dos municípios e no quadro das reformas iniciadas pelo executivo serão submetidas ao Parlamento duas propostas relacionadas com o imposto sobre a propriedade.
O Governo propõe, no âmbito da visão estratégica dos municípios, novas competências nos domínios da luta contra a pobreza, VBG e a violência doméstica, a reinserção social dos recursos, a emigração e a defesa do consumidor, assim como transferência de competências nos domínios da promoção social, educação, meio ambiente e educação.
“O desenvolvimento harmonioso e sustentável do país passa necessariamente pelo aproveitamento das especificidades e potencialidades de cada uma das ilhas e municípios, pela harmonização dos recursos naturais, históricos, culturais e humanos de cada um deles, bem como pela atracção e mobilização de investimentos privados, nacionais e internacionais, para os municípios”, disse a ministra das Infraestruturas para quem essa visão deve ser conjugada com a necessidade de organizar os actores envolvidos no processo de materialização dos municípios.
O presidente da Assembleia Municipal de São Filipe, Luís Nunes, disse que a confiança reforçada no projecto “continuar São Filipe” foi inequívoca e bastante esclarecedora e os resultados demonstraram que os sanfilipenses reconheceram o “excelente trabalho” feito neste mandato.
Luís Nunes promete uma Assembleia Municipal próxima dos seus munícipes, promovendo visitas regulares às diversas comunidades, auscultando as suas preocupações e procurando soluções rápidas para resolver os problemas, assim como ser um presidente presente e disponível para ser o porta voz de todos.
O presidente da Assembleia Municipal de São Filipe espera poder contar com toda a colaboração e solidariedade institucional em prol dos superiores interesses deste município e da ilha e sublinhou que estas últimas eleições demonstram que os “sanfilipenses almejam mais e sonham com muito mais”.
“São Filipe sonha com um município mais desenvolvido, mais inclusivo, com mais empregos e mais oportunidades para todos e sem necessidade de saírem da sua terra para realização dos seus sonhos”, disse Luís Nunes que sublinhou que os sanfilipenses votaram no projecto e na equipa, que são capazes de garantir a materialização dos seus sonhos, desejos e ambição.
“Para que tenhamos um município mais desenvolvido, não basta a acção da câmara. É preciso uma forte colaboração do Governo central, principalmente, na materialização de projectos estruturantes que possam contribuir decisivamente para a criação de um ambiente mais favorável, impulsionador de grandes investimentos e condição de base para o desencravamento da ilha”, disse Luís Nunes.
De entre os projectos apontou a conclusão do anel rodoviário, ligando Patim a Cova Figueira e Campanas a Mosteiros, um aeroporto de médio porte, com capacidade para receber voos internacionais e que garanta maior e melhor ligação aos restantes pontos turísticos de Cabo Verde e ampliação e modernização do Porto de Vale Cavaleiros, permitindo a atracagem de barco de maior calada e de navio de cruzeiro.
JR/JMV
Inforpress/Fim
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