Cidade da Praia, 18 Dez (Inforpress) – A secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde (UNTC-CS) voltou hoje a denunciar a situação que se vive na empresa Águas e Energias do Maio (AEM), alegando ser “preocupante, pelas graves violações laborais” contra os trabalhadores.
Joaquina Almeida fez esta denúncia em conferência de imprensa, na cidade da Praia, para responder às declarações do PCA da empresa Águas e Energia do Maio (AEM), Vital Tavares, tendo negado que a “assembleia geral dos accionistas tenha-se reunido e que esteja tudo bem na empresa".
Perante a acusação de que a assembleia geral dos acionistas não se reuniu, Joaquina Almeida exortou a realização de uma auditoria externa para apurar a veracidade dos factos denunciados pela central sindical.
“A contradição de Vital Tavares é impressionante. Enquanto a AEM nega ter problemas laborais, posteriormente, venha a afiançar que os problemas da empresa serão resolvidos apenas em 2025”, ressaltou.
Neste âmbito, a dirigente sindical destacou aquilo que considera “graves violações laborais” contra os trabalhadores que ocorrem na empresa, bem como a “falta de promoção e progressão há mais de quatro anos”.
“Sem contrato de trabalho, com salário de miséria, de 5 e 10 mil escudos, muito abaixo do salário mínimo nacional, sem a cobertura obrigatória do INPS [Instituto Nacional de Previdência Social] e sem os subsídios nocturno e de transporte", apontou a sindicalista.
A secretária-geral da UNTC-CS acusou ainda o presidente do conselho de administração da AEM de, supostamente, desviar recursos para o financiamento de festas e do casamento do director financeiro.
Para concluir, Joaquina Almeida informou que Vital Tavares colocou o seu cargo à disposição no passado mês de Setembro, após a denúncia da central sindical sobre o alegado desvio de mais de um milhão e quinhentos mil escudos.
“No entanto, ele agora ficará de ‘pedra e cal’ na AEM até Janeiro de 2026, data em que se encerrará o seu contrato”, acrescentou.
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Inforpress/Fim
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