Cidade da Praia, 17 Dez (Inforpress) – O Tribunal da Praia decretou prisão preventiva a um homem residente em Palmarejo, na cidade da Praia, detido por suspeita de falsificação de documentos, burla e auxílio à emigração ilegal, anunciou segunda-feira, a Polícia Judiciária (PJ).
Em comunicado, a PJ explica que a caça ao homem, de 53 anos, foi desencadeada pela Secção Central de Investigação de Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (SCICCEF), no âmbito de um mandado de busca emitido pelo Ministério Público.
Ainda segundo a mesma fonte, a detenção resultou de uma investigação, que identificou o arguido como responsável pela falsificação de documentos fraudulentos utilizados por cidadãos interessados em obter vistos de longa duração para Portugal.
“O detido, ao ser contactado por pessoas com a intenção de obter vistos junto da Embaixada de Portugal em Cabo Verde, elaborava contratos, extratos bancários, declarações de vencimentos, entre outros documentos, com carimbos falsos de serviços públicos e privados, organizando assim processos fraudulentos para pedidos de vistos”, lê-se no comunicado.
Os documentos, de acordo com a policia cientifica, eram oferecidos mediante uma contrapartida financeira, com o objectivo de garantir a emissão dos vistos, configurando os crimes de falsificação de documentos, uso de documento falso, burla e auxílio à emigração ilegal, previstos no Código Penal.
Durante a operação, a PJ afirma ter apreendido no suposto escritório do arguido centenas de documentos, incluindo várias fotografias “tipo passe” de pessoas por identificar, dezenas de documentos relacionados com agendamentos e pedidos de vistos para o espaço Schengen.
Foram também apreendidos extratos bancários de bancos comerciais sediados no país, sete passaportes ordinários da República de Cabo Verde em nome de terceiros, 95.000 escudos, três computadores portáteis, um computador de mesa e um tablet, entre outros materiais probatórios.
Na operação, informa a PJ, foram ainda apreendidos 26 rubricadores, entre os quais 19 carimbos e seis selos brancos de instituições públicas e privadas, incluindo de bancos, entre outros.
PC/CP
Inforpress/Fim
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