Assomada, 10 Dez (Inforpress) – A presidente da CNDHC considerou hoje que o Dia Internacional dos Direitos Humanos é uma oportunidade para se reflectir sobre os princípios da dignidade, igualdade e liberdade que une todos os indivíduos.
Eurídice Mascarenhas fez esta consideração no seu discurso durante o acto de abertura das actividades alusivas às comemorações do Dia Internacional dos Direitos Humanos e ao 20º aniversário da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC), assinalado hoje 10 de Dezembro, e cujas comemorações tiveram como palco a cidade de Assomada, em Santa Catarina.
Esta dirigente enfatizou que o Dia Internacional dos Direitos Humanos não é apenas uma data simbólica, mas um apelo à acção.
“É um convite para que cada um de nós contribua activamente para a promoção dos Direitos Humanos na nossa comunidade”, afirmou, ressaltando o lema deste ano: “Nossos direitos, nosso futuro, agora” que serve como um chamado à responsabilidade individual e colectiva, sublinhando valores como justiça, empatia, ética e inclusão, entre outros.
A presidente da CNDHC recordou que, segundo as Nações Unidas, os Direitos Humanos começam em pequenos lugares, perto de casa.
“Mudanças significativas não surgem apenas de grandes políticas, mas de pequenas acções diárias que, juntas, podem gerar transformações profundas”, destacou, citando exemplos de iniciativas locais que tiveram impacto global, como o trabalho de grupos de mulheres no Quénia, e também mencionou o papel das ONG em Cabo Verde, que se têm dedicado a melhorar o acesso à educação e à saúde para os grupos vulneráveis.
Além de convocar a comunidade a reflectir sobre pequenas mudanças que podem ser implementadas no quotidiano, como denunciar a discriminação e apoiar mulheres em busca de melhores condições de vida, a presidente da CNDHC concluiu a sua intervenção com um apelo à união em defesa da dignidade e da justiça, evocando a música "Nôs cabo verdi di esperança", de Norberto Tavares, como símbolo da capacidade transformadora da arte e da cultura.
Por seu turno, a presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro, enfatizou a relevância dos Direitos Humanos no contexto dos 50 anos de independência de Cabo Verde.
A autarca reconheceu os avanços na avaliação desses direitos, mas alertou que isso deve servir como impulso para garantir direitos fundamentais, especialmente na redução da pobreza e na promoção de condições dignas de vida.
Monteiro defendeu que a defesa dos Direitos Humanos deve ser um conceito abrangente, central nas políticas públicas, e ressaltou a importância de fortalecer a democracia e as liberdades, assegurando que não sejam comprometidas por lógicas autoritárias.
O evento, que contou com a presença de diversas entidades e associações, incluiu actividades na Praça Central de Assomada, uma batucada e uma marcha pelas ruas da cidade, reforçando a mobilização social em torno dos direitos humanos.
O Dia Internacional dos Direitos Humanos é celebrado anualmente no dia 10 de Dezembro, data em que a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
Tratam-se de direitos inalienáveis a que todos têm direito como seres humanos, independentemente da raça, cor, religião, sexo, língua, opinião política ou outra, origem nacional ou social, propriedade, nascimento ou outro status.
MC/HF
Inforpress/Fim
Partilhar