Ministro considera criação da Zona de Comércio Livre Continental uma mudança marcante para o continente africano

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Ministro considera criação da Zona de Comércio Livre Continental uma mudança marcante para o continente africano
10/12/24 - 12:52 pm

Cidade da Praia, 10 Dez (Inforpress) – O ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, considerou hoje, na cidade da Praia, que a criação da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) representa uma mudança marcante para o continente africano.

Alexandre Monteiro fez estas declarações ao presidir o workshop de validação da estratégia nacional de implementação da ZCLCA de Cabo Verde e Reforço de Capacidades das Pequenas e Médias Empresas (PME), que decorre na capital do país.

Na ocasião, sublinhou a importância do Acordo da Zona do Comércio Livre Continental Africano, uma iniciativa da União Africana, que representa, a seu ver, um “marco importante” para a promoção do desenvolvimento sustentável em África.

“Este acordo visa criar um grande mercado integrado, abrindo novas oportunidades para o crescimento económico, a industrialização e a transformação estrutural das economias africanas”, afirmou.

Segundo o governante, desde a sua entrada em vigor, a 01 de Janeiro de 2021, este acordo tem servido como referência para revitalizar o comércio intra-africano e reforçar as ligações comerciais também entre a África e o resto do mundo. 

Assegurou, por isso, que Cabo Verde tem demonstrado, desde o início, o seu compromisso com este projecto, integrando o grupo dos primeiros países que assinaram o acordo em Kigali em 2018, além de ter ractificado e depositado os instrumentos de ractificação.

“Isto tudo reforça o nosso papel como um país comprometido com a construção de uma África economicamente integrada e mais próspera”, mostrou, para quem o sucesso deste acordo depende de uma implementação eficaz, que maximize os seus benefícios.

Para Alexandre Monteiro, em Cabo Verde o sucesso da implementação deste acordo vai depender também da capacidade de um trabalho conjunto, com determinação e visão estratégica e que a participação activa do sector privado é essencial.

Por seu lado, o consultor nacional Agnelo Sanches destacou as vantagens do país com a validação deste acordo, explicando que com a liberalização do comércio a nível continental Cabo Verde poderá tirar proveitos, por exemplo, no que concerne à promoção das empresas com o resto do continente.

“Portanto, a vantagem é enorme, mas tem a ver também com a promoção da competitividade, de poder influenciar sobre os níveis dos preços no mercado nacional. Tudo o que importamos dos grandes mercados podemos também estar a obter aqui, realizando comércio com vantagens de não ter barreiras alfandegárias por exemplo”, assinalou.

O evento que acontece de 10 a 12 deste mês, na cidade da Praia, é organizado pelo Ministério da Indústria, Comércio e Energia, em colaboração com a Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA) e a Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD/CNUCED).

ET/CP

Inforpress/Fim

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