Mindelo, 06 Dez (Inforpress) – Os técnicos do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) acreditam estar agora melhor preparados para ajudar os tribunais na promoção dos direitos e a fazer a diferença na vida das crianças e adolescentes.
Uma certeza dada à imprensa pelo técnico Mário Fortes, em representação dos colegas que terminaram hoje, no Mindelo, a formação de assessoria técnica aos tribunais e Ministério Público, promovido pelo ICCA, em parceria com o Instituto de Segurança Social da Madeira (ISSM), Portugal.
Durante uma semana, segundo a mesma fonte, estiveram a trocar experiências com as formadoras portuguesas no que toca a formas de entrevistar crianças e adolescentes e aplicar vários instrumentos que vão ajudar a produzir relatórios para os tribunais a traduzir a realidade dos casos estudados.
O curso, ajuntou, vai permitir aplicar todas as práticas e possibilitar uma promoção da defesa das crianças e dos adolescentes.
Como próximos passos, Mário Fortes acredita que terão de adequar esses novos conhecimentos ao modelo de avaliação utilizado actualmente.
“O objectivo é depois reunir, a nível institucional, todos os nossos instrumentos e novos modelos e produzir um documento que permite agregar todo esse conhecimento e aplicá-lo na prática”, explicou.
Já a presidente do ICCA, Zaida Freitas, que presidiu ao encerramento da formação e entrega dos certificados, justificou a pertinência da acção formativa com os “muitos desafios” enfrentados pela instituição e que instam a estar “permanentemente a renovar e a reciclar as competências”.
A questão de assessoria técnica aos tribunais é, conforme a responsável, de “extrema importância” e ainda mais agora com o novo regime jurídico de protecção das crianças e adolescentes e também o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que já foi aprovado no Conselho de Ministros e segue para a aprovação no parlamento.
Todos esses aspectos, enalteceu Zaida Freitas, traz outras exigências à equipa técnica do ICCA, desde técnicos sociais a educadores, relativamente às medidas de protecção, mas também na elaboração dos relatórios solicitados pelos tribunais.
“Há necessidade de estarmos melhor preparados com competências e ferramentas afinadas que podem auxiliar os tribunais a tomar decisões que façam toda a diferença na vida das crianças e dos adolescentes”, sentenciou.
A formação, que foi ministrada de segunda-feira, 02, a hoje, num dos hotéis da cidade do Mindelo, contou com a participação de técnicos do ICCA de São Vicente, Santo Antão, São Nicolau e Sal.
LN/JMV
Inforpress/Fim
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