Cidade da Praia, 06 Dez (Inforpress) – Cabo Verde está a capacitar 100 jovens provenientes de São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, em áreas estratégicas, como hotelaria, turismo, restauração, manutenção industrial, energias renováveis e construção civil.
Trata-se de cooperação triangular envolvendo Luxemburgo, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, visando promover a internacionalização dos Centros de Formação Profissional do país.
À margem deste projecto de formação, o Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial, através da Direção Geral do Emprego realizou, esta tarde, uma conversa aberta denominada “Fortalecendo competências para o futuro" destinada a estes jovens.
As aulas que iniciaram desde 02 de Dezembro são ministradas em centros especializados, como a Escola de Hotelaria e Turismo, o CERMI e o IEFP.
Em declarações à imprensa, a presidente do conselho de administração da Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde (EHTCV), Aldina Delgado, destacou a importância da formação como ferramenta de capacitação técnica e pessoal para jovens dos países envolvidos.
Entre os cursos oferecidos, estão áreas como cozinha, restauração e bebidas, padaria e pastelaria, gestão e alojamento hoteleiro, recepção hoteleira.
Dos 100 jovens que chegaram a Cabo Verde, 46 integram os programas da EHTCV, sendo 24 da Guiné-Bissau e 22 de São Tomé e Príncipe. O CERMI recebeu 41 e o IFP recebeu 12 jovens.
“Os estudantes foram recebidos na residência estudantil que garante alojamento, alimentação e assistência médica, proporcionando condições ideais para o aprendizado e a integração”, vincou Aldina Delgado.
Aldina Delgado lembrou que a iniciativa não é inédita. Em anos anteriores, Cabo Verde já havia recebido grupos de jovens santomenses e guineenses.
A proposta agora é expandir o programa, mantendo a meta de acolher anualmente 100 jovens, divididos igualmente entre Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Há ainda planos para ampliar a cooperação para outros países de língua portuguesa, como Moçambique e Angola.
Por seu lado, o diretor-geral do Emprego, Denílson Borges, ressaltou que o objectivo é transformar os centros de formação em referências para a África Ocidental, com um modelo de internacionalização já testado nos países de língua oficial portuguesa (PALOP).
“Os jovens formados terão acesso a oportunidades que atendem às demandas específicas do mercado de trabalho dos três países envolvidos. As áreas de actuação foram definidas com base em um mapeamento das necessidades de mão de obra, alinhando a formação à realidade do mercado”, frisou.
TC/JMV
Inforpress/fim
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