ARME chama atenção para as questões da cibersegurança e privacidade no ambiente digital (c/áudio)

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ARME chama atenção para as questões da cibersegurança e privacidade no ambiente digital (c/áudio)
18/06/24 - 01:46 pm

Assomada, 18 Jun (Inforpress) - A presidente do conselho de administração da Agência Reguladora Multissectorial da Economia (ARME) alertou hoje para a necessidade de as pessoas e empresas que usam as tecnologias ficarem atentas à problemática da cibersegurança e privacidade.

Leonilde Santos falava no acto da abertura do IV Fórum de Governação da Internet Cabo Verde, que decorreu no Auditório da Universidade de Santiago (US), em Santa Catarina (Santiago), sob lema “Construindo o nosso futuro digital multistakeholder – djunta mon”, promovido pela instituição que dirige em parceria com Nações Unidas.

“O uso das tecnologias para criar e compartilhar conteúdos inovadores faz com que tenhamos uma representação e valorização das diferentes culturas nas plataformas digitais, o que facilita o intercâmbio e disseminação de ideias nas diversidades online”, declarou, alertando, no entanto, que é preciso também que “fiquemos atentos” nos dias que correm, com “maior acuidade” à problemática da cibersegurança e privacidade.

É que, segundo ela, à medida que as instituições se enveredam mais no modelo de gestão assente no digital, dados em “quantidade exponencial” são gerados e compartilhados entre organizações e parceiros.

“Estas informações digitais se tornam a força vital do ecossistema de operações interconectados, são cada vez mais valiosas para organizações criminosas cibernéticas. Neste ambiente ter uma abordagem eficaz para cuidar da segurança cibernética e da privacidade é imperativo”, observou.

Mas, continuou, a segurança cibernética e a problemática da privacidade coloca-se ainda com “maior inquietação” quando hoje se partilha o ciberespaço com a máquina, chamada de Inteligência Artificial (IA). “Chegado a este ponto importa questionar qual é o lugar da ética na inteligência artificial”, acrescentou.

Relativamente ao fórum, que segundo ela reunirá pessoas e organização de vários quadrantes da sociedade e partes interessantes em igualdade de acesso à Internet como o Governo, as academias, especialistas das áreas de telecomunicações e comunicação, a sociedade civil e estudantes, entre outrosm vai servir para uma reflexão de questões em torno das políticas públicas sobre a Internet.

Além deste fórum nacional, lembrou que há um mundial que congrega todos os países, regionais e sub-regionais, e um outro criado para jovens onde são discutidas questões atinentes à internet do ponto de vista dos jovens, e ainda o fórum lusófono, cuja primeira edição aconteceu em 2023 no Brasil.

Na ocasião, Leonilde Santos anunciou que Cabo Verde vai acolher nos dias 11 e 12 de Setembro o II Fórum de Governança da Internet (IGF) dos países que falam a língua portuguesa, em que vão serem debatidos os constrangimentos, aspectos e pontos positivos que ressurgem à volta da Internet agregado à língua portuguesa.

Por outro lado, a responsável reiterou o “firme compromisso” da ARME, juntamente com os demais parceiros, na promoção e divulgação desta iniciativa, tendo almejado que os participantes saem do fórum com ideias “concretas e contributivas” que os permitam submeter à apreciação do IGF Global as recomendações e conclusões desta IV edição do IGF Cabo Verde em prol de melhor e eficientes politicas publicas para a literacia, inclusão e acesso e segurança na internet.

“Literacia, inclusão digital e acesso”, “Criatividade, diversidade cultural e expressão no universo digital”, “Cibersegurança e privacidade”, e “Inteligência digital e ética” são os temas que vão estar em debate.

Temas “actuias e candentes”, segundo Leonilde Santos, que espelham a visão da equipa organizadora deste fórum sobre politicas públicas sobre a Internet.

Interveio ainda no acto a presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro, que agradeceu a ARME por ter escolhido o município que lidera para acolher este evento, tendo destacado literacia, inclusão digital e acesso como temas que “interessam muito” aos municípios.

É que, segundo a autarca, estes temas vão ao encontro das “grandes batalhas” a nível local, consubstanciadas no desígnio geral de combater a exclusão digital.

“Dentro das nossas possibilidades enquanto poder local temos procurado disponibilizar internet gratuita em vários pontos do município, mas temo-nos deparados com grandes dificuldades porque os custos do internet no nosso país são exageradamente elevados”, finalizou.

FM/AA

Inforpress/Fim

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