Cidade da Praia, 01 Mar (Inforpress) – O presidente do PAICV, Rui Semedo, disse hoje que apesar da classificação positiva no relatório da Freedom House, Cabo Verde ainda precisa combater a pobreza, melhorar o acesso ao emprego, justiça social, transparência e gestão da coisa pública.
Em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, o líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição) recordou que as avaliações do país “têm sido positivas há mais de 15 anos” e que Cabo Verde tem tido a pontuação máxima nos direitos políticos de liberdade e democracia desde 2005.
“Lembro que no relatório de 2010 constava que estamos a ombrear com países como a Finlândia e o Canadá. Continuamos desde o percurso de 2005 a ter uma pontuação muito positiva e convém não apenas ver a fotografia, mas sim o filme” salientou, referindo que Cabo Verde cumpriu com os requisitos em avaliação, como eleições multipartidárias regulares, sufrágio universal e sistema político livre e competitivo.
Rui Semedo aproveitou para elencar os aspectos críticos do relatório, designadamente o acesso à justiça, justificando que “o acesso é prejudicado por um sistema judicial sobrecarregado”, bem como a criminalidade e as desigualdades nas mulheres e trabalhadores imigrantes.
“Nós tivemos 92 em 100, mas convém realçar que estamos com esta pontuação desde 2015 porque tínhamos 90 em 100, progredimos porque passamos para 92, estamos nesta pontuação a pelo menos três anos. Não estamos a mudar muito” declarou, asseverando que o País precisa combater a pobreza, melhorar o acesso ao emprego, eliminar a descriminação e perseguição de acordo com a cor partidária.
No 51º relatório anual divulgado pela “Freedom in the World”, Cabo Verde aparece como primeiro da lista com 92 pontos, seguido de São Tomé e Príncipe no terceiro lugar com 84 pontos, enquanto Angola e Guiné Equatorial são considerados como “não livres”, Guiné-Bissau e Moçambique como “parcialmente livres”.
O documento refere ainda que apenas 7 por cento (%) das pessoas em África vivem em países livres, enquanto 50% vivem em países não livres.
LT/AA
Inforpress/Fim
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