Mindelo, 26 Ago (Inforpress) – A ilha de São Vicente enfrenta “um grande desafio” para a abertura do ano lectivo no dia 15 de Setembro tendo em conta os vários estragos verificados nas escolas, causados pelo temporal de 11 de Agosto.
A informação foi avançada à Inforpress pelo delegado do Ministério da Educação na ilha, Jorge da Luz, que confirmou que houve vários estragos nas escolas, desde invasão das enxurradas no interior, muros caídos e tectos danificados.
“Portanto, temos pela frente um desafio grande para a abertura do ano lectivo 2025-2026”, considerou.
Ao apontar casos concretos, o delegado de Educação adiantou que uma das escolas mais afectadas é a Escola Industrial e Comercial do Mindelo, a conhecida Escola Técnica, onde “entrou muita água nas oficinas, causando muitos estragos nos equipamentos”.
Na lista está também a Escola Semião Lopes, na zona da Bela Vista, que tem um esgoto a vazar dentro das instalações, assim como um muro caído e tectos com dificuldades
A situação de fragilidades nos tectos e nos telhados se repete, conforme a mesma fonte, na Escola Luís Morais, em Vila Nova, na Escola de Fonte Inês, na Escola João José dos Santos, em Ribeirinha, Escola de Salamansa e Escola Olinda Silva, em Calhau.
A própria Delegação de Educação também enfrenta o mesmo problema de estragos no tecto.
“Enfim, são várias mazelas no parque escolar que temos de, nesses dias, dar respostas e vir a garantir as condições mínimas para o funcionamento dessas escolas”, sublinhou Jorge da Luz, que indicou ainda um prejuízo de sete a dez por cento (%) no mobiliário escolar, desde computadores, fotocopiadoras, mesas e cadeiras.
Apesar de todos esses constrangimentos, acrescentou, já está em marcha um plano de emergência que visa garantir as condições mínimas dentro do estado de calamidade vigente após a tempestade de 11 de Agosto, que abalou a ilha na sua plenitude.
Questionado se mesmo com essa situação, não se coloca a possibilidade de fazer um adiamento da data de abertura, o responsável assegurou que estão a ser estudadas todas as condições.
Mas, completou, a intenção é fazer a limpeza e algum conserto possível nestes dias que faltam e permitir aos estudantes de São Vicente estar em pé de igualdade com os restantes do país.
Jorge da Luz aproveitou para apelar à união da comunidade educativa para que os problemas sejam contornados “dentro das condições possíveis” e garantir o ensino às crianças e adolescentes da ilha.
Quanto a números, Jorge da Luz afirmou que estão em andamento as démarches para a colocação de cerca de mil professores e 15 mil alunos, desde o 1.º ao 12.º ano de escolaridade.
“São Vicente está em estado de calamidade e, portanto, o sector educativo em São Vicente também está em estado de calamidade, portanto, estamos a envidar todos os esforços no sentido de garantirmos as condições mínimas para que o arranque da aconteça no dia 15 de Setembro, com todas as contingências”, finalizou o delegado do Ministério da Educação.
LN/AA
Inforpress/Fim
Partilhar